Parlamentares reagiram nesta sexta-feira (18) à
operação da Polícia Federal que impôs medidas cautelares ao ex-presidente Jair
Bolsonaro (PL), como uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno
e proibição de acesso às redes sociais. As manifestações ocorreram nas redes
sociais de representantes tanto da base do governo quanto da oposição (leia
mais aqui).
🔎 A decisão do Supremo Tribunal Federal foi
tomada a partir de mandado da Polícia Federal com parecer favorável da
Procuradoria-Geral da República. Bolsonaro é investigado pelos crimes de coação
no curso do processo, obstrução da Justiça e ataque à soberania nacional.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho
do ex-presidente, também comentou as medidas impostas pelo STF.
Em inglês, ele afirmou que o ministro Alexandre de
Moraes “redobra a aposta” após a divulgação, no dia anterior, de um vídeo de
Jair Bolsonaro direcionado ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Eduardo detalhou as restrições aplicadas ao pai, incluindo o uso de
tornozeleira eletrônica, o recolhimento domiciliar noturno, a proibição de uso
de redes sociais, de comunicação com embaixadores e diplomatas estrangeiros e
com outros investigados. “Eu e meu irmão Carlos estamos sob investigação”,
acrescentou.
Na outra ponta, o senador Ciro Nogueira (PP-PI),
ex-ministro da Casa Civil no governo Jair Bolsonaro, também se posicionou sobre
a decisão do STF.
Em rede social, afirmou lamentar profundamente a medida,
classificando-a como uma forma de punição antecipada.
“Na prática, é como se o presidente Bolsonaro, que é
um homem de bem, já estivesse cumprindo a pena antes do julgamento”, escreveu.
Segundo o senador, Bolsonaro “jamais sairia do país e não representa, como
nunca representou, nenhum risco para a sociedade”. Nogueira ainda declarou que
“dezenas de milhões de brasileiros irão dormir com a sensação de que o
presidente merece mais, e não menos, apoio”.
O líder do Partido Liberal (PL) na Câmara, deputado
Sóstenes Cavalcante (RJ), classificou a decisão como injusta.
“Colocaram tornozeleira em Bolsonaro. Mas não há
crime, não há relatos, não há prova. Só há um ‘delito’: enfrentar o sistema”,
escreveu. O deputado ainda afirmou que as restrições impostas — como a
proibição de falar com embaixadores, usar redes sociais e sair de casa à noite
— são uma “tentativa desesperada de calar quem ainda representa milhões”.
O Partido Liberal (PL), legenda de Jair Bolsonaro,
também se manifestou nas redes sociais em apoio ao ex-presidente. Em publicação
no perfil oficial, o partido afirmou que Bolsonaro “nunca fugiu da luta” e
reforçou o alinhamento com sua liderança. “Hoje, mais do que nunca, mostramos
que ele não está sozinho. Estamos juntos, presidente!”, diz o texto.
Já o deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP)
criticou as medidas impostas ao ex-presidente.
“Criminosa e absurda as decisões Alexandre de Moraes
contra @jairbolsonaro hoje”, escreveu.
Ele questionou o uso de tornozeleira eletrônica, a
proibição de redes sociais e a restrição de contato com o filho, o deputado
Eduardo Bolsonaro. “O sistema continua sua perseguição contra o maior líder da
direita no hemisfério sul e tudo isso tem que acabar!”, completou.
Outros parlamentares da oposição também
classificaram a medida como autoritária e desproporcional.
O deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) seguiu nessa
linha.
“É uma vergonha para o Brasil. Bolsonaro está sendo
tratado como um criminoso perigoso, enquanto corruptos e delinquentes são
soltos e aplaudidos. Estamos vivendo uma caça às bruxas promovida por um
Judiciário que perdeu completamente os limites.”
O deputado Coronel Tadeu (PL-SP) afirmou que o cerco
contra Bolsonaro é inaceitável em qualquer democracia.
“O que estão fazendo com Bolsonaro é desumano e
ilegal. Essas medidas violam seus direitos fundamentais. Ele está sendo punido
sem processo, sem julgamento, apenas por ser quem é. O Judiciário virou
instrumento de vingança política.”
Para o deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM), o país
vive um momento crítico de ruptura institucional.
“Bolsonaro é vítima de um sistema que não tolera
oposição. Impor tornozeleira, censura e toque de recolher a um ex-presidente
sem condenação é ditadura escancarada. O povo está vendo e não vai aceitar
calado esse abuso.”
O deputado Rodrigo Valadares (União-SE) fez um apelo
à sociedade e ao Congresso.
“Chegamos ao fundo do poço institucional. As
perseguições ao presidente Bolsonaro são uma vergonha internacional. Essa
decisão de Moraes é humilhante, arbitrária e totalmente desprovida de base
legal. É hora do Congresso reagir e pôr fim a esse ciclo de autoritarismo. A
democracia está sendo sufocada.”
Com informações do G1
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