Em menos de uma semana, a sobremesa apelidada de
morango do amor conquistou influenciadores, virou sensação nas padarias, ganhou
versão pet e, como toda febre que se preze, já coleciona haters.
Inspirada na tradicional maçã do amor, a
receita ganhou
os primeiros fãs no Rio Grande do Norte, nas confeitarias de Natal e
Mossoró, onde o doce é vendido a R$ 17,50 e chegou a a esgotar em
cerca de 30 minutos. A produção diária, segundo a confeiteira Carol Melo, tem
variado entre 400 e 750 unidades.
A moda cruzou o país e também estourou
na Feira Nacional do Doce, no Rio Grande do Sul. Em Santa
Catarina, uma
panificadora chegou a vender mais de 750 unidades em menos de 24 horas.
Do que é feito o morango do amor?
A receita
combina morango fresco, brigadeiro e uma calda vermelha de açúcar que
endurece e forma uma casquinha crocante.
Pra quem quiser se arriscar e tentar fazer em casa,
o g1 traz a receita:
Ingredientes do brigadeiro branco
- 1
lata de leite condensado
- 1
caixinha de creme de leite
- 1/2
xícara de leite em pó
- 1
colher de sopa rasa de manteiga sem sal
Em uma panela, misture todos os ingredientes.
Cozinhe em fogo baixo, mexendo sempre, até levantar fervura. Após ferver,
cozinhe por mais 10 minutos ou até atingir ponto de brigadeiro mole. Transfira
para um refratário e deixe descansar por pelo menos 4 horas até esfriar
completamente.
Lave e seque os morangos e enrole os morangos no
brigadeiro.
Ingredientes da calda
- 2
xícaras (chá) e meia de açúcar
- 1
xícara (chá) e meia de água
- 2
colheres (sopa) de vinagre
- 10
gotas de corante alimentício em gel vermelho
Misture o açúcar, a água, o vinagre e o corante
vermelho em uma panela. Misture tudo antes de ligar o fogo e cozinhe sem mexer
até atingir o ponto de bala dura (cerca de 20 minutos).
Com a calda pronta, mergulhe cuidadosamente cada
morango revestido de brigadeiro, escorra o excesso e coloque em uma superfície
untada ou antiaderente para secar.
Morango do ódio: o que pode dar errado
O 'morango do amor' pode até parecer simples à
primeira mordida, mas quem se arriscou na cozinha descobriu que a receita tem
mais camadas do que o doce sugere. Veja
como evitar os erros mais comuns.
Entre caldas que queimam, brigadeiros que derretem e
morangos grudados no refratário, o que era para ser uma trend culinária virou
meme e alvo de haters, ou o “morango do ódio”.
A receita do “morango do amor” costuma dar errado,
principalmente, por causa da calda de açúcar, que exige precisão de temperatura
e paciência. Veja
aqui como fazer.
Se for retirada do fogo antes de atingir os 150 °C,
não endurece e derrete; se passar disso, queima ou cristaliza, deixando gosto
amargo. Outro erro comum é usar morangos úmidos ou brigadeiro mole demais, o
que impede a casquinha de grudar ou faz tudo escorregar.
Receita ganhou várias versões
O sucesso repentino do “morango do amor” abriu
espaço para uma verdadeira onda de reinvenções. Se a combinação de morango,
brigadeiro e calda crocante já conquistava os paladares por si só, a
criatividade dos confeiteiros pelo Brasil elevou o doce a outro patamar.
Em Porto Velho (RO), a empreendedora Elaine da Silva decidiu
unir a tendência nacional a um símbolo da Amazônia: o açaí. A
ideia surgiu de forma despretensiosa, durante uma conversa com amigas, mas
rapidamente virou sucesso de vendas. A versão com brigadeiro de açaí, feita com
polpa pura, chamou atenção por manter a base tradicional e adicionar um sabor
intenso e regional, que despertou elogios e curiosidade.
Na Baixada Santista, em São Paulo, a febre também
impactou a rotina de docerias. Diante da alta procura, estabelecimentos passaram
a criar sistemas de reserva online e aumentar a produção diária para dar conta
da demanda.
E não parou por aí: além do sabor tradicional, novas
variações começaram a surgir nos cardápios, como
pistache, doce de leite, frutas vermelhas e, mais recentemente, o “maracujá do
amor”.
Nem
os pets ficaram de fora da tendência. Em Natal (RN), a confeitaria
especializada em produtos para animais criou o
“morango do AUmor”, uma releitura saudável e segura do doce, feita com
morango fresco, batata-doce, aveia e gelatina incolor tingida com beterraba.
A proposta atende a tutores que tratam os bichinhos
como parte da família e querem incluí-los nas celebrações.
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