Coleta de
Lixo: Um serviço caro para os cofres públicos e amador?
Em Porto do Mangue,
município litorâneo do Rio Grande do Norte com pouco mais de 5 mil habitantes,
a coleta de lixo virou caso de luxo. O serviço precário é feito com caçambas e
sem caminhões compactadores, a prefeitura firmou um contrato de aproximadamente
R$ 200 mil com uma empresa que de fundo de quintal, segundo dados do Portal da
Transparência, mais de R$ 30 mais cara que a empresa anterior.
A situação causa
indignação não apenas pelo valor, aparentemente desproporcional ao porte da
cidade e à simplicidade do serviço prestado, mas também pelos indícios de
favorecimento e conflito de interesses. Um outro problema é que a empresa
contratada parece ter alguma ligação familiar com o prefeito Faustino, o caso
pode configurar violação dos princípios constitucionais da impessoalidade,
moralidade e economicidade na administração pública.
A população compara o
serviço de hoje com a gestão anterior, que a empresa detinha equipamentos modernos
para tratar a limpeza urbano dentro de um padrão notável. Enquanto isso, hoje a
população sofre com a falta de coleta adequada, ruas com lixo acumulado e a
precarização dos serviços básicos. Em contrapartida, há dinheiro para contratos
polêmicos — mas não para garantir dignidade no atendimento à população.
É, mas quem está lucrando
com o lixo?
Em um cenário de abandono
e má gestão, a coleta de lixo deixa de ser um serviço essencial e se transforma
em mais um capítulo da velha política, onde o que é público serve para
beneficiar poucos. A pergunta que ecoa nas ruas da cidade é: quem lucra com o
lixo de Porto do Mangue? Enquanto essa resposta não vem, os moradores seguem
convivendo com os efeitos do descaso, e o lixo.
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