A produção industrial do Rio Grande do Norte voltou a
registrar queda no mês de junho de 2025, segundo a Sondagem das Indústrias
Extrativas e de Transformação, elaborada pela Federação das Indústrias do RN (FIERN), em parceria com a
Confederação Nacional da Indústria (CNI). Essa
queda acontece depois de um crescimento registrado em maio.
O número de trabalhadores empregados nas indústrias
também diminuiu pela sétima vez seguida. Já a capacidade de uso das máquinas e
equipamentos ficou no mesmo nível de antes, em 76%. Os estoques dos produtos
prontos para venda também diminuíram e ficaram abaixo do que as empresas
planejavam.
No segundo trimestre deste ano, os empresários
disseram que tiveram menos prejuízo, mas continuaram com muita dificuldade para
conseguir empréstimos nos bancos. Os preços dos materiais usados na produção
ainda estão altos, mas subindo menos que antes. Já a situação financeira das
empresas melhorou um pouco, segundo os donos e gestores.
Os três maiores problemas que as indústrias
enfrentaram nesse período foram: concorrência desleal, como produtos
contrabandeados ou vendidos sem nota; impostos muito altos; e falta ou alto
custo da matéria-prima, como aço, plástico, madeira, etc.
Expectativa de melhora da indústria do
RN
Mesmo com todas essas dificuldades, os empresários
estão mais otimistas para os próximos meses. Eles acreditam que a demanda vai
crescer, que vão comprar mais materiais e até vender mais para outros países. A
expectativa é que o número de funcionários fique estável, sem grandes mudanças.
Já a vontade de investir nas empresas voltou a aumentar.
As pequenas empresas disseram que tiveram queda na
produção, estoque menor que o esperado, e continuaram insatisfeitas com os
lucros e com a situação financeira.
Já as médias e grandes indústrias relataram aumento
na produção, estoques dentro do planejado e ficaram satisfeitas com os lucros e
as finanças. No entanto, também demitiram funcionários.
Quando comparamos com a pesquisa nacional feita pela
CNI, os resultados do RN foram parecidos. Mas, enquanto os empresários
potiguares disseram que a situação financeira melhorou, os empresários do
restante do Brasil ainda estão insatisfeitos. Outra diferença: no Brasil, os
industriais esperam contratar mais nos próximos seis meses, enquanto no RN, a
previsão é de continuar como está.
Confira a sondagem da FIERN AQUI.
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