Até o site da CNN Brasil apontou que a decisão
proferida pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal),
nesta quinta-feira (24), ainda deixa margem para interpretações.
Na última segunda (21), a defesa de Bolsonaro foi
convocada por Moraes a esclarecer o descumprimento da proibição de usar redes
sociais. Mais cedo, nesta quinta, Moraes disse que o descumprimento das
cautelares se tratou de uma "irregularidade isolada".
Na mesma decisão, Moraes reiterou que Bolsonaro não
está proibido de conceder entrevistas a veículos de imprensa, mas de fazer o
uso de redes sociais, de forma direta ou por meio de terceiros.
De acordo com o ministro do STF, a medida cautelar
será considerada descumprida caso haja a replicação, por parte de “terceiros”,
de conteúdo de Bolsonaro nas redes relacionada à determinação judicial.
Na avaliação do advogado constitucionalista Eduardo
Ubaldo, ao restringir o alcance da expressão “terceiros” para “terceiros
previamente coordenados”, o ministro Alexandre de Moraes esclareceu uma
“obscuridade contida em sua decisão anterior”.
“Agora, está claro que o ex-presidente não pode dar
entrevista com o intuito de produzir ‘cortes’ para as redes sociais dele e/ou
de terceiros a ele vinculados — como familiares, correligionários próprios ou
mesmo o diretório de seu partido — com a intenção de burlar a cautelar de
proibição de uso de redes sociais”, destaca.
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