Em entrevista ao jornal
Folha de S.Paulo, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB),
afirmou que pretende disputar a Presidência da República em 2026, logo após o
governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), citar uma união entre os
governadores para 2026.
Diante da indefinição do
PSDB sobre a fusão com o Podemos, Leite não descarta a possibilidade de migrar
para o PSD. Na entrevista, Leite declarou ter vontade de “liderar o projeto
nacional”. “Se o meu movimento for em direção a outro partido, e não a
permanência no que vier a ser o PSDB na sua fusão, será por enxergar a
oportunidade de não apenas participar, mas também de liderar o projeto
[nacional]”, afirmou o tucano.
Apesar da intenção de
disputar o Planalto, o governador gaúcho disse que priorizará os interesses do
país. “Jamais vou colocar o meu desejo e a minha aspiração acima de um projeto
de país.”
Filiado há 24 anos ao
PSDB, Eduardo Leite afirmou que aguardará a definição do partido antes de tomar
qualquer decisão. “O PSDB está em processo de discussão até o final deste mês.
No dia 29 de abril, tem uma reunião, inclusive, da executiva, que deve
encaminhar o destino como partido. O que nós ajustamos é que nenhuma decisão
individual acontecesse antes desse período. Então, aguardo o processo do
próprio PSDB, que sinaliza fazer uma fusão com outro partido, em princípio com
o Podemos. A partir dessa decisão partidária vou definir o meu destino
individualmente. Vou definir isso provavelmente no mês de maio.”
O governador admitiu a
possibilidade de deixar a legenda. “Pode ser. Temos que ver o que desse caminho
que o PSDB tomar dará condições para que eu tenha a minha participação na
política, na vida pública do nosso país, não apenas do ponto de vista da
oportunidade de concorrer, mas da capacidade de formular programa, de ter um
projeto para o país. É isso que eu quero poder enxergar.”
Eduardo Leite confirmou
seu desejo de concorrer ao Palácio do Planalto em 2026. “A minha disposição é
de construir uma candidatura à Presidência da República, onde entendo que posso
dar uma contribuição, onde desejo dar uma contribuição, para apresentar uma
alternativa a esta polarização que está no país e que é destrutiva.”
O tucano também criticou o
cenário atual de polarização política. “A polarização por si só não é um
problema. Esta polarização [atual] é um problema. O PSDB polarizou com o PT,
mas era uma polarização em que se apresentavam aos brasileiros duas visões de
país, duas visões de modernização da máquina pública, duas formas de pensar a
economia distintas. Esta polarização que aí está parece focar muito mais
energia em destruir o outro. Boa parte dos brasileiros foi para as urnas em
2022 para votar contra alguém, mais do que a favor de um projeto.”
Gazeta do Povo
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