terça-feira, 8 de abril de 2025

Estatais têm deficit de R$ 707 milhões no 1º bimestre

 


As estatais federais, estaduais e municipais registraram deficit de R$ 707 milhões no 1º bimestre de 2025. Esse valor corresponde a uma queda de 39,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Foi o 3º ano seguido que as contas das estatais ficaram negativas no período, segundo cálculos do BC (Banco Central).

A autoridade monetária divulgou o relatório “Estatísticas Fiscais” nesta 3ª feira (8.abr.2025). Eis a íntegra do comunicado (PDF – 304 kB).

O deficit de R$ 707 milhões das estatais no 1º semestre foi puxado pelas empresas federais, que tiveram saldo negativo de R$ 989 milhões. As estatais estaduais tiveram um superavit de R$ 681 milhões em janeiro e fevereiro. As municipais registraram deficit de R$ 398 milhões.



Em fevereiro, as estatais registraram um superavit de R$ 299 milhões, o que corresponde a uma queda de 38,0% em relação ao mesmo período de 2024, quando o saldo positivo foi de R$ 482,8 milhões.

ESTATAIS

O deficit das estatais foi menor no 1º bimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, quando o saldo negativo foi de R$ 1,168 bilhão. O Poder360 mostrou, em janeiro, que as estatais fecharam 2024 com o maior deficit anual da história. Somou R$ 8,07 bilhões.

Só as empresas públicas federais tiveram um saldo negativo de R$ 6,73 bilhões. O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defende que não há um rombo nas contas das empresas.

Segundo a ministra de Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, não é para chamar o deficit de rombo. A fala dela foi em 31 de janeiro. “Hoje, o que foi divulgado pelo Banco Central é o resultado fiscal das empresas, que pensa só as receitas do ano e as despesas do ano. Como eu já expliquei várias vezes, muitas despesas que são feitas pelas estatais são com dinheiro que estavam em caixa e, portanto, ela acaba g erando resultado deficitário ainda que as empresas tenham lucro”, disse na época.

Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministra, da EBC, a ministra declarou que as empresas estão gastando dinheiro em caixa, o que não aumenta o endividamento delas. Defendeu que os investimentos das estatais cresceram 40% em 2024 em relação a 2023 e quase 100% ante 2022.

O levantamento do Banco Central considera todas as estatais do país, com exceção das empresas financeiras, como o Banco do Brasil e Caixa, e a Petrobras. A autoridade monetária apura o resultado fiscal seguindo a metodologia conhecida por economistas como “abaixo da linha”, que é diferente do cálculo do Tesouro Nacional, que é “acima da Linha”.

O Banco Central calcula a necessidade de financiamento do governo, dos Estados, dos municípios e das estatais. Como não tem acesso a todas as informações de receita e despesas, a autoridade monetária compara o nível de endividamento dos entes públicos entre 2 períodos.

Tanto o levantamento do Banco Central quanto os cálculos do governo federal podem ser utilizados para avaliar a saúde financeira das estatais. Apesar de ser mais detalhado, o levantamento da União tem periodicidade de publicação maior, o que dificulta o acompanhamento contínuo.

Os dados do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos dependem da publicação dos balanços financeiros das empresas. Podem ser divulgados semestralmente ou anualmente.

Poder 360

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Dívida do RN dispara e já passa dos R$ 5 bilhões, diz deputado

  A dívida do Governo do Rio Grande do Norte com precatórios saltou de R$ 900 milhões em 2019 para R$ 5 bilhões em 2024. O aumento de mais d...