A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a
Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) convocaram os funcionários da
Petrobras para uma greve nacional unificada para 26 de março. A ideia é
paralisar as atividades por 24 horas.
A categoria protesta contra as recentes mudanças no
modelo híbrido de trabalho e a redução da remuneração variável dos
trabalhadores. Entre as reivindicações, estão a defesa da recomposição dos
efetivos e da garantia de segurança em todo o Sistema Petrobras, nas
prestadoras de serviço e durante o período de manutenção.
Reunião sobre o teletrabalho
Em meio à tensão sobre mudanças no modelo de
teletrabalho, a Petrobras e representantes da FUP e FNP se reuniram, nessa
terça-feira (11/3), para debater o aumento da carga horária presencial.
Segundo as federações, as partes não chegaram a um
acordo. Na reunião a Petrobras, ainda de acordo com a categoria, teria
apresentado a mesma proposta anterior, de implementar as medidas em 7 de abril.
Entenda a crise do teletrabalho na Petrobras
Em 9 de janeiro, a diretoria da Petrobras informou
que aumentaria a escala de trabalho presencial de dois para três dias, com
exceção para pessoas com deficiência (PCDs) e pais de PCDs. Assim, os dias de
teletrabalho seriam reduzidos de três para dois.
Embora tenha sido alvo de críticas, a companhia
afirmou que essa carga tem sido seguida por gerentes desde setembro de 2024.
O plano da Petrobras era que a medida passasse a
valer a partir de 7 de abril para empregados sem função gratificada e em 10 de
março para funcionários com funções.
A alteração na carga de trabalho, considerada uma
“decisão unilateral” pelos sindicatos, desagradou os funcionários da companhia.
Em reação ao adiamento da primeira reunião, o
movimento sindical petroleiro instaurou “estado de greve”.
Ao Metrópoles, pessoas ligadas ao movimento sindical
petroleiro afirmaram que o sentimento que paira é de “revolta total”. Para
eles, a Petrobras está “regrando o retrocesso”.
Em nota, a Petrobras disse que “respeita o direito
de greve e tem mantido diálogo com as entidades sindicais sobre o ajuste no
modelo híbrido de trabalho, que passará a limitar o trabalho remoto a dois dias
por semana a partir de abril”.
“A Petrobras continua monitorando as tendências de
mercado e as evoluções dos modelos de trabalho, buscando compatibilizar as
necessidades e desafios da empresa com os dos empregados”, diz trecho do texto.
METRÓPOLES
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