A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado
de Mossoró (FICCO/MOS)
deflagou nesta terça-feira (11) uma operação com o objetivo de reprimir crimes
praticados no Rio Grande do Norte por integrantes de facção criminosa com
origem no estado do Rio de Janeiro. O grupo alvo da operação é suspeito de
tráfico de drogas e de armas, lavagem de dinheiro, tortura e homicídio.
Até a última atualização desta matéria, 13 mandados
de prisão haviam sido cumpridos e uma pessoa presa em flagrante por posse
ilegal de arma de fogo.
Ao todo, foram expedidos 4 mandados de prisão
preventiva, 13 mandados de prisão temporária e 31 mandados de busca e apreensão
nas cidades de Natal,
Mossoró, Baraúna, Assu e Pedro
Avelino, no RN, além de Aquiraz, no Ceará, e Rio de Janeiro.
As investigações tiveram início com a identificação
de membros da facção que teriam prestado apoio após a fuga
de dois presos da Penitenciária Federal de Mossoró, em fevereiro de 2024. As
investigações apontaram para a prática de outros crimes e foi instaurado um
inquérito policial para mapear os integrantes da facção com atuação no Rio
Grande do Norte.
Como resultado, foram reunidas evidências da prática
dos crimes de organização criminosa armada, tráfico de drogas e de armas,
lavagem de dinheiro, tortura e homicídio.
A operação também determinou o bloqueio
judicial de 32 contas bancárias que visam o congelamento de até R$ 22,5 milhões
de patrimônio dos investigados.
O nome da operação “Red Dots” faz referência a uma
mira holográfica, utilizada em armamentos, que confere maior precisão ao
atirador e foi escolhido por refletir o objetivo de identificar com exatidão os
membros da facção criminosa espalhados pelo estado do Rio Grande do Norte.
Fuga da Penitenciária Federal de Mossoró
A primeira
fuga da história do sistema prisional federal aconteceu no dia 14 de fevereiro
de 2024 quando dois detentos - Rogério da Silva Mendonça e Deibson
Cabral Nascimento - abriram passagem por buracos atrás das luminária das celas
onde estavam (uma ao lado da outra), saíram pelo teto e cortaram duas cercas de
arame ao redor do presídio usando ferramentas de uma obra
que ocorria no local.
A fuga foi percebida pelos agentes cerca de duas
horas depois. As
buscas duraram 50 dias e envolveram helicópteros, drones, cães
farejadores e outros equipamentos tecnológicos sofisticados, além de mais de
600 homens, incluindo a Força Nacional e equipes de elite da Polícia Federal e
da Polícia Rodoviária Federal.
Os dois
presos são do Acre e estavam na Penitenciária de Mossoró desde 27 de
setembro de 2023. Segundo as investigações da PF, ele são ligados ao Comando
Vermelho, facção de Fernandinho Beira-Mar, que também estava preso na unidade
federal de Mossoró.
Eles foram recapturados no dia 4 de abril, em
Marabá, no Pará, quase
uma semana após a Força Nacional ter encerrado as buscas no RN.
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