O presidente da Argentina, Javier Milei (foto),
voltou a atacar o Mercosul e reafirmou que pode retirar o país do bloco para
avançar em um acordo comercial com os Estados Unidos.
Em discurso no Congresso neste sábado, 1º, na
abertura da sessão legislativa, Milei afirmou que a aliança sul-americana só
serviu para “enriquecer grandes industriais brasileiros às custas do
empobrecimento dos argentinos”.
Ele disse estar disposto a flexibilizar as regras do
bloco ou até deixar a organização, fundada em 1991 por Brasil, Argentina,
Uruguai e Paraguai, e que conta com a Bolívia desde 2023.
Milei já havia declarado em janeiro, durante o Fórum
Econômico Mundial em Davos, que poderia sair do Mercosul se isso fosse
necessário para fechar um acordo com Washington.
“Motosserra” e cortes no Estado
Milei também usou o discurso para defender seu plano
de cortes, apelidado de “motosserra”. Segundo ele, trata-se de um “símbolo de
uma mudança de época” e de uma política que continuará por anos até a redução
máxima do tamanho do Estado.
O presidente celebrou a demissão de 40 mil
funcionários públicos e a extinção de órgãos como o Instituto de Cinema, o
Ministério da Mulher, o Instituto contra a Discriminação e a agência estatal de
notícias Télam, que classificou como “caixas de militância”.
Ele também afirmou que eliminou obras públicas, que
chamou de “uma das falcatruas da política”, e prometeu uma reforma trabalhista,
tributária e migratória.
O Antagonista
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