Diante do seu patamar mais baixo de popularidade em
três mandatos e enfrentando crises como a inflação dos alimentos, o presidente
Luiz Inácio Lula vem fazendo inflexões no discurso na tentativa de reduzir os
efeitos negativos da alta de preços e alcançar outras parcelas do eleitorado.
Levantamento feito pelo GLOBO com base em 81 pronunciamentos e entrevistas do
petista mostra que ele passou a tratar com mais ênfase do aumento no custo de
vida e a direcionar afagos a trabalhadores de aplicativo e empreendedores.
O movimento coincide com a chegada de Sidônio
Palmeira à chefia da Secretaria de Comunicação Social (Secom). Marqueteiro da
campanha de Lula em 2022, ele foi escalado com o objetivo de divulgar melhor as
ações da gestão, passo visto como necessário no Palácio do Planalto para a
eleição de 2026, seja com a tentativa de reeleição ou o apoio a outro candidato
governista. De acordo com o Datafolha, a aprovação de Lula está em 24%, menor
índice de todas suas passagens pela Presidência.
Entre as palavras que ganharam destaque no
vocabulário de Lula depois da chegada de Sidônio se destacam, por exemplo,
“reajuste” e “preços”. O levantamento comparou as falas do presidente nos três
meses anteriores à posse do marqueteiro na Secom, em 14 de janeiro, com o período
posterior à chegada. A base temporal foi escolhida para que houvesse um número
semelhante de falas em cada momento, evitando distorções.
O Globo
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