O presidente Lula desembarca no Rio Grande do Norte
nesta quarta-feira (19) para inaugurar a Barragem de Oiticica, no Seridó
potiguar. No entanto, dados oficiais do Sistema Integrado de Planejamento e
Orçamento (Siop) revelam que a atual gestão não foi a que mais contribuiu
financeiramente para a conclusão do empreendimento, cuja execução foi acelerada
durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, especialmente sob a gestão
de Rogério Marinho no Ministério do Desenvolvimento Regional.
Quando Lula assumiu a Presidência, em 2023, apenas
7% restavam para a finalização da obra, que já estava 93% concluída. Os números
mostram que a construção da Barragem de Oiticica ganhou mais impulso após o
impeachment de Dilma. De 2011 a 2016, no governo Dilma Rousseff (PT), a obra
recebeu R$ 139,6 milhões, correspondendo a 19% do total necessário.
Após o impeachment, entre 2016 e 2022, os
investimentos somaram R$ 446 milhões, que correspondem a 60% dos pagamentos da
obra. Deste, R$ 292,2 milhões foram pagos na gestão Bolsonaro, quando o
empreendimento recebeu o impulso decisivo para sua conclusão, permitindo que o
empreendimento chegasse a 93% de conclusão antes do atual governo assumir.
Em valores correntes, a média anual de pagamento nos
governos petistas foi de R$ 82 milhões, frente à média de R$ 105 milhões nos
governos Temer e Bolsonaro, valor 28% superior.
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