Em recente entrevista ao jornalista André Trigueiro,
exibida pela GloboNews, Jean Paul Prates, ex-presidente da Petrobras, abordou
temas cruciais relacionados à transição energética global e seus impactos
específicos para o Rio Grande do Norte (RN). Prates enfatizou que o destino
inevitável da transição energética é a eletrificação completa das atividades
cotidianas e econômicas, abrangendo consumo, transporte, indústria e produção
de insumos, mesmo que esse processo possa se estender por até 70 anos.
Durante a conversa, Prates destacou que fontes como
gás natural e biocombustíveis devem ser consideradas apenas como soluções
transitórias. Embora contribuam para a redução das emissões de carbono, essas
fontes apresentam desafios, como a ocupação excessiva de terras e a competição
com a produção de alimentos. Ele ressaltou que regiões como Europa e China já
estão avançando diretamente para a eletrificação, sem depender dessas fontes
intermediárias.
Para o Rio Grande do Norte, essas reflexões têm
implicações significativas. O estado não possui grandes reservas de gás natural
nem uma produção expressiva de biocombustíveis, como etanol de cana ou milho,
biodiesel de soja ou sebo bovino, e biometano proveniente de resíduos. Diante
desse cenário, Prates argumenta que é essencial que o RN defenda seus recursos
naturais abundantes e renováveis, como o vento e o sol, promovendo
investimentos em energias renováveis e assegurando que a transição energética
ocorra de maneira equilibrada e sustentável, em parceria com as comunidades
locais.
Blog do Gustavo Negreiros
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