terça-feira, 18 de março de 2025

Governo acumula déficit de R$ 31,7 bilhões em fevereiro, diz Câmara

 


A Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira Núcleo de Economia e Assuntos Fiscais (Conof), ligada à Câmara dos Deputados, estima um déficit de R$ 31,7 bilhões para o governo em fevereiro de 2025. Para chegar a esse resultado, o setor considerou, no mês, receitas de R$ 142,3 bilhões, contra despesas R$ 174 bilhões.

Apesar disso, a Conof diz que houve aumento das receitas totais e redução de despesas em relação a fevereiro de 2024. Em um ano, as entradas de recursos financeiros cresceram 1,3%. O valor foi de R$ 199 bilhões para R$ 201,5 bilhões.

Governo aumenta arrecadação de impostos

A arrecadação com impostos e contribuições sociais aumentou 1,2% em um ano (de R$ 126,4 bilhões para R$ 127,9 bilhões). A receita da previdência, por sua vez, saltou 6,5% (de R$ 50,3 bilhões para R$ 53,6 bilhões).

As entradas que não estão sob a administração da Receita Federal caíram 10,3%. Neste caso, recuaram de R$ 22,2 bilhões para R$ 20 bilhões entre os meses de fevereiro de 2024 e de 2025. A despesa total caiu 13% no intervalo de um ano. O gasto passou de R$ 200,6 bilhões, em fevereiro de 2024, para R$ 174 bilhões, no mesmo mês de 2025.

“Tal diferença se explica principalmente pelo pagamento de R$ 31 bilhões (atualizados) em precatórios registrado em fevereiro de 2024, fato que não se repetiu no ano corrente”, diz o documento, sob a responsabilidade dos consultores Dayson Pereira de Almeida e Márcia Rodrigues Moura.

Conforme a análise da consultoria, em reportagem no site Poder360, se não fosse principalmente o pagamento de precatórios em 2024, o gasto teria crescido 1,8%, em vez de diminuir. Além disso, a equipe considerou que a despesa seria “potencialmente” maior caso o Orçamento de 2025 já tivesse sido aprovado.

Gastos devem aumentar com propostas do governo

O projeto de lei orçamentária anual (Ploa) de 2025 segue sem andamento no Congresso Nacional. O governo espera que o texto receba aprovação ainda em março, mas viagens dos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), podem adiar a votação definitiva para abril.

A consultoria antecipou que, de qualquer modo, o gasto seria maior se o Orçamento já tivesse sido aprovado. Isso porque, conforme a Conof, o governo teria feito o pagamento dos reajustes salariais e retomado o cronograma regular de execução de despesas discricionárias. Essas despesas consistem em gastos do governo cuja execução não é obrigatória por lei.

Revista Oeste

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

MAIS UMA VEZ: Hospital Walfredo Gurgel fica sem tomógrafo pela 3ª vez em menos de três meses

  Os problemas com os tomógrafos no Hospital Walfredo Gurgel parecem intermináveis. Pela terceira vez em menos de três meses, a maior unidad...