Uma empresa especializada na fabricação de
esquadrias de alumínio se instalou, esta semana, na Penitenciária Estadual de
Alcaçuz, em Nísia Floresta, promovendo uma oportunidade de trabalho e
capacitação para quatro internos do regime fechado. A iniciativa integra o programa
de reintegração social da Secretaria da Administração Penitenciária (Seap) e
busca colaborar para a redução da reincidência criminal.
Além de receberem salário pelo serviço, os apenados
também têm direito à remição da pena: a cada três dias trabalhados, um dia é
abatido da condenação. Os internos selecionados atuam na produção de varandas
de alumínio para apartamentos em construção e, com a formação em serralheria,
também estão aptos a fabricar portas, janelas, venezianas, portões e boxes de
banheiros.
Os quatro internos contratados passaram por um
criterioso processo de seleção feito pela Comissão Técnica de Classificação
(CTC), sendo escolhidos com base na boa conduta carcerária e na qualificação
profissional. Eles possuem certificados de cursos de serralheria realizados
pelo Senai, oferecidos por meio de uma parceria entre a Seap e o Ministério
Público do Trabalho (MPT).
A jornada de trabalho acontece de segunda a sábado,
das 7h às 14h, com intervalo para almoço e descanso. As atividades ocorrem em
ambiente fechado, totalmente monitorado, com supervisão de policiais penais da
unidade. Conforme prevê a Lei de Execuções Penais (LEP), 25% do salário
recebido pelos internos são destinados ao sistema prisional, para investimento
em melhorias.
De acordo com o diretor da Penitenciária Estadual de
Alcaçuz, o policial penal João Paulo, a ação é fundamental para o processo de
ressocialização dos apenados. “É um processo extremamente importante para poder
ofertar aos internos o acesso à remição e à remuneração, para que eles tenham
recursos quando cumprirem a pena. É uma oportunidade para ter uma progressão
mais rápida e para ajudar os familiares. É o tipo da ação que colabora para a
redução da reincidência criminal, cumprindo a execução da pena conforme estabelecido
na LEP”, destacou.
A expectativa da Seap é ampliar a oferta de vagas na
fábrica instalada dentro do presídio e capacitar novos internos, promovendo não
apenas ocupação produtiva, mas também preparando-os para o retorno ao convívio
social e ao mercado de trabalho.
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