O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) citou a
manifestação deste domingo (16), em Copacabana, e o projeto de lei da anistia
aos presos de 8 de janeiro como as pautas mais relevantes para o Partido Liberal
neste momento em que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal (STF), revogou a medida cautelar que impedia Valdemar Costa Neto,
presidente do PL, de se comunicar com Bolsonaro. O primeiro encontro entre os
dois, depois de um ano, ocorreu nesta quarta-feira (12).
Na saída da reunião, Bolsonaro disse que espera pelo
menos 500 mil pessoas no evento deste domingo em Copacabana, marcado para as
10h. “Só a direita leva um povo para a rua. Temos que aproveitar esse
momento”, disse Bolsonaro à imprensa após o encontro com Costa Neto.
Os dois também conversaram sobre eleições do ano que vem. “Eu tenho falado em
buscar uma boa bancada, até com aliados, para o ano que vem. Para que a gente
possa fazer com que o país volte a respirar democracia”, afirmou o
ex-presidente.
“Por enquanto sou candidato”, diz Bolsonaro
Apesar de sua inelegibilidade, Bolsonaro voltou a
confirmar que “por enquanto” continua candidato à presidência em 2026 e disse
que a direita deveria se unir no segundo turno da eleição.
“Por enquanto eu sou candidato. Os outros candidatos
por aí – Gusttavo Lima, Caiado, Zema – têm seus partidos. Eu acho que até seria
bom cada partido lançar seu candidato e no segundo turno os candidatos se
unirem. Seria melhor coisa a fazer. Por que alguns me acusam que eu tenho que
abrir mão do meu capital para apoiar alguém? Eu não tenho o que abrir mão. Vou
esperar o momento certo. Eu tenho uma experiência que ninguém tem”, afirmou
Bolsonaro.
Falando sobre a denúncia do suposto golpe de Estado,
Bolsonaro disse que sua preocupação quanto ao julgamento “é zero”. Para ele, as
acusações são “infundadas”.
“As acusações são completamente infundadas. Não tem
nenhuma relação minha com o 8 de janeiro, fizeram uma ginástica para fazer essa
ligação. A preocupação que eu estou pelo que eu estou sendo acusado é zero. O
relatório é político, ninguém tem dúvida disso. É um julgamento político…
Querem me tirar do cenário político ano que vem com esse tipo de
inelegibilidade, porque eu me reuni com embaixadores”, afirmou o ex-presidente,
que foi declarado inelegível por oito anos pelo Tribunal Superior Eleitoral
(TSE).
Gazeta do Povo
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