O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende
tirar o sindicalista João Fukunaga do comando da Previ, o fundo de pensão dos
funcionários do Banco do Brasil, por causa de desgastes em sua gestão.
De acordo com interlocutores do presidente, ele está
insatisfeito com Fukunaga desde o ano passado. Lula se incomodou com as
“polêmicas” envolvendo a Previ e com o comportamento de Fukunaga no cargo.
Entre os desgastes está a investigação de um déficit
bilionário no fundo, alvo de uma auditoria pelo Tribunal de Contas da União
(TCU), que teve relatório preliminar concluído na semana passada pela área
técnica.
Lula também foi alertado das relações de Fukunaga
com o advogado Tiago Cedraz, filho de Aroldo Cedraz, ministro do TCU — que se
aposenta compulsoriamente em 2026.
O advogado, que já foi alvo de investigações na Lava
Jato por suposto tráfico de influência junto ao tribunal de contas, teria
viajado com o presidente da Previ para o exterior.
Auxiliares de Lula chegaram a alertar o sindicalista
de que ele deveria evitar Cedraz.
As viagens de Fukunaga para fora do país causaram
estranheza também em círculos petistas, que acreditam que as agendas não eram
compatíveis profissionalmente com suas funções.
Ao saber da insatisfação de Lula, auxiliares de
Fukunaga têm procurado pessoas próximas do presidente, em uma articulação para
tentar mantê-lo no cargo.
Um desses articuladores a favor de Fukunaga é o
também sindicalista e ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.
CNN

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