A Americanas anunciou nesta terça-feira, 11, que deu
início a um processo arbitral para responsabilizar ex-dirigentes da companhia
por danos materiais e imateriais causados no contexto da fraude contábil
bilionária. A apuração é da agência de notícias Reuters.
Em comunicado ao mercado, a empresa menciona os
ex-executivos da Americanas Miguel Gutierrez, Anna Saicali, José Timótheo de
Barros e Márcio Cruz Meirelles.
O procedimento instaurado nesta terça-feira solicita
o pagamento de indenizações à companhia pelos danos gerados pela fraude
contábil e “demais ilícitos” cometidos em 2022, além do ressarcimento das
custas e das despesas da companhia na arbitragem.
“A companhia buscará ser integralmente ressarcida de
todos os danos materiais e imateriais sofridos em decorrência dos atos ilícitos
praticados, e que serão ainda detalhadamente apresentados durante a tramitação
do procedimento”, afirmou a Americanas.
A agência tentou contato com os advogados de Anna
Saicali e Miguel Gutierrez, mas não obteve resposta imediata.
Já a defesa de José Timótheo de Barros alegou que a
companhia “foi usada” desde a divulgação do Fato Relevante de 11 de janeiro de
2023 — data em que a Americanas revelou pela primeira vez as inconsistências
contábeis — “para satisfação de interesses espúrios de poucos”.
Por sua vez, o advogado de Márcio Cruz Meirelles
afirmou que ainda não teve acesso ao procedimento.
Americanas enfrenta processo de recuperação judicial
A Americanas está envolvida em um escândalo contábil
que resultou em sua recuperação judicial e em investigações conduzidas pela
Polícia Federal (PF) e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que em
outubro acusou os quatro e outros ex-dirigentes de utilizarem informações
privilegiadas (insider trading).
Revista Oeste
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