Gleisi Hoffmann e o PT tomaram, recentemente, uma
invertida de um juiz do Tribunal de Justiça de São Paulo.
Gleisi e o Diretório Nacional processaram o deputado
estadual Capitão Telhada porque ele postou uma charge de um petista fumando um
baseado. Para Gleisi, o ato foi um pecado imperdoável pelo qual o parlamentar
deveria indenizar o petismo em 50.000 reais.
“O uso na imagem da camiseta estampada com a logo da
agremiação, em análise semiótica, articula sentidos e interpretações nefastas.
O que é, por si só, abjeto; contudo, é também ilícito e ensejador de
responsabilização do Requerido”, argumentou a defesa petista, classificando de
“mentira” a mensagem contida na arte.
Ao examinar a questão, o juiz Otavio Tioiti Tokuda
lembrou que a descriminalização é uma pauta famosa de setores do PT e da
esquerda e que a charge postada nas redes pelo deputado estadual se enquadra
nos padrões de liberdade de expressão e de humor.
“Objetivamente, foi o excelentíssimo presidente da
República, senhor Luiz Inácio Lula da Silva, político do Partido dos
Trabalhadores, que sancionou a Lei Federal nº 11.343/2006, descriminalizando o
uso de drogas, permitindo até mesmo o plantio de maconha por usuários”,
escreveu o magistrado.
“Inviável acolher-se a versão de ofensa à moral do
PT, pois inegável que é favorável ao uso de drogas para efeito recreativo”,
segue o magistrado.
“O Partido dos Trabalhadores se sentiu ofendido? Não
há dúvida que sim, tanto que ingressou com esta ação. Mas tal sentimento é
indenizável? Entendemos que não. O brasileiro é um povo sofrido, mas que sabe
rir”, conclui, para desgosto de Gleisi.
Radar - VEJA
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