O mercado financeiro já se prepara para um “banho de
sangue” nesta quinta-feira (27/2), no rescaldo da divulgação do balanço da
Petrobras referente ao ano de 2024, considerado uma decepção pelos
investidores.
O que aconteceu
- Ainda
na noite de quarta-feira (26/2), pouco depois do anúncio dos resultados da
companhia, os ADRs (American Depositary Receipts ou recibo de ações
negociados na Bolsa de Nova York) registravam fortes perdas, em um
prenúncio do que pode ocorrer no pregão desta quinta.
- O
ADR é um certificado que representa ações de uma empresa. Ele é emitido no
exterior e negociado em países diferentes daquele de origem da companhia.
- Por
volta das 20h50 (pelo horário de Brasília), os papéis PBR (que equivalem
às ações ordinários) da Petrobras desabavam 5,73% e eram negociados a US$
13,50 no pós-mercado de Nova York.
- Já
os PBR-A (equivalentes aos papéis preferenciais) tombavam 5,04%,
negociados a US$ 12,43.
O tombo da Petrobras
A Petrobras reportou um prejuízo líquido de R$ 17,04 bilhões no quarto
trimestre do ano passado, de acordo com dados divulgados pela companhia na
noite desta quarta-feira (26/2).
Em 2024, a empresa registrou um lucro acumulado de
R$ 36,6 bilhões – foi o sexto ano consecutivo de resultados positivos.
Entretanto, em relação ao ano anterior, a queda foi de 70,6%.
Em 2023, a Petrobras havia registrado o maior lucro
líquido de sua história: R$ 124,6 bilhões.
Analistas do mercado projetavam que a Petrobras
teria um lucro de R$ 70 bilhões em 2024. Ou seja, o resultado do ano passado
veio bem abaixo das expectativas.
Este foi o primeiro balanço anual divulgado pela
Petrobras desde a posse da nova presidente da empresa, Magda Chambriard, em
junho do ano passado.
Segundo a Petrobras, o resultado negativo do período
entre outubro e dezembro se deve, principalmente, aos impactos da
desvalorização cambial e a maiores provisões nas despesas operacionais.
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