terça-feira, 21 de janeiro de 2025

TANGARAENSES - Degustação mostra qualidade do queijo produzido no Estado



O Rio Grande do Norte tem se destacado em todo o País por causa da diversidade e qualidade do queijo produzido nas variadas regiões do Estado, com um volume que atinge cerca de R$ 32 milhões mensais, de acordo com o Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do RN (Sindleite-RN). Para celebrar o bom momento do setor e comemorar o Dia Mundial do Queijo, o Sebrae RN reuniu produtores nesta segunda-feira (20), para uma ação que envolveu degustação de produtos e demonstrações de como se prepara a iguaria.

Micarla Fernandes, da Fazenda Lima, em São Pedro, levou para a ação queijos maturados, que são o carro-chefe da produção. “Mas também trabalhamos com queijo coalho, ricota artesanal, manteiga da terra e temos um queijo autoral, desenvolvido com café jaçanã. É uma iguaria com café específico, tipicamente potiguar.”, conta Fernandes, que é membro do projeto Empreender, Leite e Derivados (Empreleite), núcleo que reúne pequenos produtores do RN.

Lucenildo Firmino, proprietário da Galego do Queijo, de Tenente Laurentino, levou para a sede do Sebrae, em Natal, uma demonstração de como se fabrica o queijo de manteiga. O sucesso foi tão grande que, no meio da manhã, todos os produtos haviam se esgotado. “O processo do queijo de manteiga é dividido em três etapas, duas delas bastante demoradas”, descreve Firmino.

O primeiro passo, segundo ele, é desnatar o leite para em seguida adicionar o soro do dia anterior para coagular, um processo que vai levar de seis a oito horas. Após esse período, toda a massa é escorrida para a retirada de líquido. O processo seguinte é pegar a nata retirada e levar ao fogo para fazer a fundição (quando a nata se transforma em manteiga), o que leva em torno de quatro horas.

Na última fase, o leite e a coalhada são colocados em um tacho para o cozimento. O leite se incorpora à massa, sendo necessário extraí-lo para, em seguida, acrescentar sal e manteiga. “Por fim, há todo um trabalho para envolver a manteiga na massa e a gente chegar ao produto tal qual o conhecemos”, diz Firmino.

Para ele, ações como as desenvolvidas pelo Sebrae nesta segunda servem para fomentar ainda mais o setor. “Isso é muito importante para nós produtores. Além disso, o Sebrae tem um trabalho forte de consultoria, que é fundamental”, pontua. “Essa iniciativa faz com que a cadeia produtiva de queijos do Rio Grande do Norte se fortaleça”, fala Micarla Costa, da Fazenda Lima.

Quem visitou o Sebrae na manhã de ontem, aproveitou para provar as iguarias e aprovar a iniciativa. “A gente na capital, muitas vezes não conhece o que está sendo produzido no interior, então, é uma ação muito interessante”, afirmou o servidor público Leonardo Cunha, de 41 anos.

Luís Felipe dos Santos, analista responsável pelo setor de Agronegócio do Sebrae-RN e que esteve à frente da iniciativa, destacou a alta qualidade da produção local e ressaltou o papel da instituição em ajudar a promover os pequenos negócios. “No Dia Mundial do Queijo a gente não poderia deixar esse momento passar batido, especialmente porque nós temos uma atuação muito forte com a cadeia queijeira. Há mais de 20 anos que a gente vem chegando junto desse pequeno produtor para ajudá-lo a se regularizar e a fabricar um bom produto”, pontuou.

Túlio Veras, presidente do Sindleite-RN), comentou sobre a contribuição de toda a cadeia que envolve o setor para a economia do Estado. “É um setor que gera emprego e renda, e movimenta desde o armazém da ração, à farmácia veterinária. Saímos de uma produção de 300 mil litros por dia para cerca de 450 mil em estabelecimentos inspecionados. Desse total, 350 mil litros são processados”, enumera Túlio Veras.

Diante do cenário atual, o objetivo, de acordo com o Sebrae, é proporcionar cada vez mais espaços para que a produção do Estado seja divulgada.

 

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