O ato realizado nesta 4ª feira (8.jan.2025) em
lembrança aos 2 anos do 8 de Janeiro reuniu cerca de 1.200 pessoas na Praça dos
Três Poderes, em Brasília. O número de participantes era uma preocupação na
cúpula do PT, que temia o esvaziamento.
O Poder360 mapeou o local e estimou o número de
presentes com base em fotos panorâmicas. Até as 12h14, o público era de cerca
de 1.000 pessoas. Foi apenas às 12h37, minutos antes de o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) ir à praça, que se registrou uma maior concentração
de pessoas.
Em discurso no Palácio do Planalto, o petista
minimizou a importância de uma participação ampla de seus apoiadores. Afirmou
que “só uma pessoa já seria o suficiente”.
“Hoje é um dia extremamente importante. Durante a
leitura da imprensa de manhã, vi a preocupação de alguns meios de comunicação
se ia ter muita gente, pouca gente. Se era fracassado ou não. Queria que as
pessoas soubessem o seguinte. Um ato em defesa da democracia brasileira, mesmo
que tiver 1 só cara, uma só pessoa em uma praça pública, num palanque falando
em democracia já é o suficiente para a gente acreditar que a democracia vai
reinar nesse país. As coisas que acontecem no mundo sempre começam com pouca
gente”, disse.
Veja fotos da Praça dos Três Poderes durante o ato:
O evento no Planalto foi organizado pela
Presidência. Já o ato na praça foi público. A organização ficou a cargo do PT
Nacional e do diretório do Distrito Federal. Ninguém quis divulgar listas de
nomes confirmados. O indicativo é de que poucos movimentos sociais e sindicais
prestigiaram o ato com o chefe do Executivo.
Participaram do ato ministros e congressistas.
O evento teve 4 atos:
reintegração do relógio Balthasar Martinot Boulle,
do século 17, destruído na invasão ao Planalto;
descerramento da obra “As Mulatas”, de Di Cavalcanti
(1897-1976), danificada pelos manifestantes;
discursos de Janja e de Lula no Planalto;
”abraço da democracia” na Praça dos Três Poderes.
Janja afirmou que o “ódio tentou sufocar a
esperança” e que a memória é o antídoto para o autoritarismo.
Ela também citou, durante o discurso de cerca de 8
minutos, o esforço para reconstruir as obras de arte depredadas durante a
invasão do Planalto em 2023, que foram devolvidas ao Planalto.
Poder 360
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