O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira
(IIE-Br) subiu 5 pontos em dezembro na comparação com
novembro, para 115,4 pontos, na segunda alta mensal seguida,
informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira (2).
Esse é o maior nível para esse
indicador desde março de 2023 (116,7 pontos). Ele segue na
chamada “faixa desfavorável”, acima dos 110 pontos.
Na métrica de médias móveis trimestrais, o IIE-Br
subiu 2,5 pontos, alcançando 110,2 pontos.
“Após registrar níveis moderados de incerteza ao
longo de 2024, o IIE-Br registra duas altas consecutivas e fecha o ano em nível
elevado. A principal motivação para o cenário recente são as incertezas
relacionadas às contas públicas e, em menor grau, ao quadro externo, provocadas
pelas possíveis mudanças nas direções políticas dos Estados Unidos”, diz em
nota Anna Carolina Gouveia, economista da FGV Ibre.
Componentes
O IIE-Br é formado por dois componentes: o IIE-Br
Mídia, que faz o mapeamento, nos principais jornais, da frequência de notícias
com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das
dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA.
Anna Carolina Gouveia detalha que o componente de
Mídia do IIE-Br subiu 4,7 pontos em dezembro, para 113,2 pontos – maior nível
desde maio deste ano (114,2 pts.) -, contribuindo com 4,1 pontos para a alta do
índice agregado.
Já o componente de Expectativas, que mede a
dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, subiu
3,9 pontos no mês, para 117,7 pontos – maior nível desde dezembro de 2022 (117,9
pts.) -, contribuindo de forma positiva com 0,9 ponto para o resultado de
dezembro.
A coleta do Indicador de Incerteza da Economia
brasileira é realizada entre o dia 26 do mês anterior ao dia 25 do mês de
referência.
CNN Brasil
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