Três agentes da Polícia Civil de São Paulo acusados
de vender 400 quilos de cocaína ao Primeiro Comando da Capital (PCC) retornaram
à ativa depois de 1 ano e 7 meses de afastamento preventivo. Nesse período,
enquanto respondiam a processo na Justiça Federal, os policiais Artur Oliveira
Dalsin, Marcelo Inácio Vasconcelos Silva e Lucas Valente continuaram recebendo
seus salários normalmente.
Eles ocupam cargos de investigador de polícia, que
oferecem salário inicial de R$ 5,8 mil para a 3ª Classe. Dalsin, de 38 anos,
Vasconcelos, também com 38, e Valente, de 44, estão na Classe Especial da
Polícia Civil de São Paulo, com vencimentos mensais de R$ 7,7 mil. Policiais de
1ª Classe têm remuneração de R$ 6,7 mil, e os de 2ª Classe, de R$ 6,3 mil.
Os policiais estavam lotados na Delegacia de Combate
a Entorpecentes de Santos quando foram presos, em 2022. Eles foram acusados de
desviar cocaína apreendida em Cubatão, que seria despachada pelo PCC para a
Europa, pelo Porto de Santos.
De acordo com a denúncia do Ministério Público
Federal (MPF), eles negociaram a devolução da droga pelo valor de R$ 5 milhões,
usando como intermediário o advogado de Vinicyus Soares dos Santos, conhecido
como Evoque, integrante da facção e suposto dono da droga. A transação foi
descoberta pela Polícia Federal (PF) a partir de conversas encontradas no
celular do advogado João Manoel Armôa Junior, apreendido na Operação Diamante,
também em 2022.
A operação prendeu Evoque e cumpriu mandados de
busca e apreensão no escritório do advogado. As investigações sobre o desvio da
cocaína foram feitas paralelamente e culminaram em outra ação, a Operação
Antítese, em novembro de 2022, resultando na prisão dos agentes e de uma
assistente de Armôa Junior. Eles foram afastados das funções em abril de 2023,
por determinação do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), em São
Paulo.
Metrópoles
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