A Polícia Federal deflagrou na manhã desta
quarta-feira (6) a Operação Simulata Custodia, que investiga o crime de furto
qualificado de itens eletrônicos do depósito de mercadorias apreendidas da
Receita Federal em Natal. Pelo menos 45 aparelhos de telefonia celular de
marcas diversas, avaliados em mais de R$ 50 mil.
Os policiais cumpriram um mandado de busca e
apreensão expedido pela 2ª. Vara da Justiça Federal na residência de um homem
de 44 anos que trabalha como vigilante patrimonial e presta serviços de
segurança para a Receita Federal na condição de empregado terceirizado.
Segundo a PF, a investigação determinou que o
suspeito se aproveitou do fato de trabalhar no local onde a mercadoria
apreendida era mantida em depósito, para retirar os objetos sem chamar atenção
dos servidores públicos da Receita.
Ainda segundo a polícia, ao rastrear os aparelhos
subtraídos os investigadores apuraram que ao menos um celular foi utilizado
pela própria esposa do suspeito, que agia assim em colaboração com a prática do
crime ao usar serviços de e-commerce para revender os itens subtraídos a
terceiros.
Durante a investigação foi possível ainda
identificar testemunhas que adquiriram de boa-fé os celulares, pois
desconheciam sua origem ilícita e auxiliaram a PF a produzir importantes provas
de autoria, suficientes para determinar o papel do casal na prática criminosa,
além de demonstrar que parte dos valores das negociações foi direcionada para a
conta do suspeito, que pessoalmente fazia a entrega dos bens.
Os crimes imputados aos investigados são de furto
qualificado e receptação qualificada, cujas penas máximas em cada caso podem
chegar a oito anos de reclusão e multa.
O nome da operação faz referência ao fato de o
suspeito de furto qualificado ser vigilante patrimonial, que abandonou seus
deveres de guarda do material para simular a custodia dos bens em depósito
enquanto os subtraía.
Portal 98
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