As obras da engorda da praia de Ponta Negra devem se
aproximar da marca de 2 km finalizados nos próximos dias. Os trabalhos, que já
contam com a conclusão de 1,35 km e índice de cerca de 35% de finalização,
avançarão com o bloqueio de mais 500 metros da praia para a realização do
aterro na altura do hotel Rifóles, até a semana que vem. As informações são do
secretário de Infraestrutura de Natal, Carlson Gomes, que celebra o andamento
dos serviços, mesmo diante da paralisação temporária em razão de o material
retirado da jazida para o aterro ter sido considerado impróprio. A previsão é
finalizar a obra depois do dia 20 de dezembro, mas ainda em 2024.
“Passamos algo em torno de 10 dias para começar de
fato a engorda, por conta do problema com a jazida, mas a obra está andando no
seu fluxo normal. Nós notamos, com esse pouco mais de um quilômetro, que a
população está aprovando os trabalhos. Temos visto o pessoal do surf e do
kitesurf frequentando a região, que será um grande marco para revitalizar o
turismo e a economia de Ponta Negra. Então, pretendemos entregar após o dia 20
de dezembro”, afirmou o secretário. O aterro hidráulico começou em meados de
agosto e foi paralisado em seguida por causa das condições da jazida.
Os serviços foram retomados no dia 20 de setembro,
após a Prefeitura encontrar um novo local para a extração dos sedimentos, com
areia de qualidade e suficiente para a obra. Também foi decretada emergência
nas praias de Ponta Negra e da Via Costeira após o risco de colapso em diversos
pontos da orla, atingindo hotéis, passeio público, sistema de drenagem e o
Morro do Careca, com risco de acidentes fatais e danos ambientais. As marés
altas e intensas que passaram a atingir Natal na época, foram um dos motivos
elencados pela Prefeitura para edição do decreto.
Na época, a Procuradoria Geral do Município disse
que a situação de emergência decretada iria muito além da obra de engorda, que,
graças à medida, pôde continuar, segundo interlocutores. Entre as legislações
que embasam o decreto estão o Código Florestal, como a Lei de Política Nacional
de Proteção e Defesa Civil (12.608/2012) e a Resolução 369/Conama. No mês
passado, a Agência Nacional de Mineração (ANM) aprovou a extração de areia da
nova jazida que está alimentando as obras da engorda de Ponta Negra.
A justiça também determinou que o Instituto do
Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) se abstenha de “impor
obstáculos” à execução das obras da engorda. Atualmente, em situações de maré
cheia, bares, barracas e banhistas ficam praticamente impedidos de frequentar a
areia e o mar. Com o aterro, a faixa de areia nas praias de Ponta Negra e parte
da Via Costeira é alargada para até 100 metros na maré baixa e 50 metros na
maré alta. A obra tem custos da ordem de R$ 73 milhões.
Tribuna do Norte
Nenhum comentário:
Postar um comentário