A partir de 1º de novembro, o pix passará a ter
novas regras de segurança para aumentar a proteção contra fraudes, conforme
anúncio do Banco Central do Brasil. A principal novidade é que transferências
superiores a R$ 200 só poderão ser realizadas de dispositivos previamente
cadastrados pelo cliente junto à sua instituição financeira. O limite diário
fica limitado a R$ 1 mil, no caso de aparelhos não cadastrados, como medida de
proteção adicional.
O Banco Central explicou que essa exigência de
cadastro se aplica apenas a celulares e computadores que nunca tenham sido
usados para realizar transações Pix anteriormente. Isso significa que, para
quem já utiliza o sistema de pagamento com dispositivos cadastrados, não haverá
alterações no uso cotidiano. As novas regras visam criar um nível extra de
segurança para prevenir ações fraudulentas e proteger os usuários.
Além da exigência de cadastro para dispositivos
novos, as instituições financeiras terão que adotar novas tecnologias de
gerenciamento de fraudes. Essas soluções deverão ser capazes de identificar
operações fora do perfil habitual dos clientes, aumentando assim a capacidade
de detectar atividades suspeitas. Segundo o contador Daniel Carvalho, “As
mudanças têm como objetivo trazer mais segurança para essas transações. Para
quem já é acostumado a fazer transações e possui dispositivo cadastrado, não
terá nenhum impacto”.
O Banco Central também determinou que as
instituições financeiras terão que informar aos clientes, através de seus
canais eletrônicos, as melhores práticas para evitar fraudes e aumentar a
segurança de suas operações. Além disso, cada instituição deverá verificar,
pelo menos a cada seis meses, se os clientes possuem marcações de fraude nos
sistemas do BC, permitindo uma análise contínua e preventiva dos riscos.
Em casos de transações atípicas, as instituições
financeiras terão autonomia para adotar medidas preventivas, como o aumento do
tempo de processamento e o bloqueio cautelar de Pix recebidos. As novas
diretrizes permitem ainda que, em situações de suspeitas fundadas ou de
comprovação de fraude, o relacionamento com o cliente possa ser encerrado pela instituição.
Essas ações buscam combater a crescente onda de golpes eletrônicos que vêm
sendo registrados no país.
“As instituições financeiras terão que melhorar seus
sistemas de segurança, buscando evitar fraudes, devendo ser capazes de
identificar operações atípicas dos clientes. Também terão que informar aos
clientes, através dos seus canais eletrônicos, os cuidados necessários para
evitar fraudes”, pontuou Daniel Carvalho.
Pix automático para 2025
Além das mudanças que entrarão em vigor em novembro,
o Banco Central também anunciou a criação do Pix Automático, prevista para
junho de 2025. A nova modalidade permitirá a cobrança automática de pagamentos
recorrentes, como contas de água, luz, telefone, assinaturas de serviços e
mensalidades de academias, escolas e faculdades. O objetivo é facilitar o
pagamento desses compromissos e reduzir os custos operacionais das empresas, o
que pode resultar em menos inadimplência.
O Pix Automático funcionará de forma similar aos
débitos automáticos já conhecidos, mas com mais agilidade e menos burocracia
para os usuários. O cliente poderá autorizar a cobrança diretamente pelo
celular ou computador, sem a necessidade de autenticar cada operação. Para
Daniel Carvalho, a novidade representa um avanço na praticidade para empresas e
consumidores, mantendo a segurança.
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