O projeto apresentado pelo Hospital Universitário
Ana Bezerra, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Huab-UFRN),
analisou as etapas do circuito cirúrgico, visando melhorar a qualidade do
atendimento ao paciente, a prevenção de riscos e a eficiência operacional. As
ações implementadas conseguiram reduzir a taxa de suspensão cirúrgica, dar mais
rastreabilidade e transparência aos mapas cirúrgicos, além de aumentar o número
de cirurgias de 55 para 201, nos primeiros dezesseis meses da implementação do
projeto. As ações também reduziram o número vezes que o paciente precisaria
comparecer ao hospital.
O resultado é fruto de estratégias de controle, como
a padronização de protocolos, fortalecimento do Núcleo Interno de Regulação
(NIR), mapeamento de processos, criação de matriz de riscos e implementação de
controles internos assegurando monitoramento constante. No Huab, outras
melhorias implementadas no circuito cirúrgico compreenderam a lista de espera
cirúrgica, o banco de pacientes preparados aguardando o procedimento, a lista
de arquivo com a devida justificativa de pacientes inativos e o mapa cirúrgico,
com a programação semanal de intervenções previstas.
Além do aumento do número de cirurgias, outro dado
importante é a redução da taxa de suspensão de cirurgias, que caiu de cerca de
33% para menos que 9%, melhorando a eficiência do serviço e reduzindo a fila de
espera. Implementado em janeiro de 2022, o projeto foi coordenado pelo atual
Chefe da Unidade Multiprofissional, José Ferreira Lima, e envolveu as equipes
do Núcleo Interno de Regulação, Ambulatório, Bloco Cirúrgico, Gerência de
Atenção à Saúde, Divisão de Gestão do Cuidado, Divisão Médica e do Setor
Materno Infantil.
“Identificamos os principais riscos que geravam
atrasos, suspensões e ociosidade nos processos. Definimos os quantitativos
mínimos de cirurgias, como também organizamos a lista de espera cirúrgica e o
banco de pacientes prontos. Conseguimos bons resultados porque as equipes
atuaram conjuntamente, pois diversos processos são transversais. Todos foram
muito importantes”, ressalta o coordenador do projeto, José Ferreira Lima.
Pelos bons resultados, obtidos por meio de medidas
estruturantes de baixo custo operacional, as equipes envolvidas acreditam que o
projeto pode ser replicado em outras unidades da rede Ebserh.
“São processos que não exigem grandes investimentos.
Sobre o custo-benefício das medidas de controle implementadas, podemos dizer
que os resultados superam amplamente os esforços iniciais e a experiência
vivenciada aqui no interior do Rio Grande do Norte, pode ser replicada em
qualquer lugar do Brasil”, defende Lima.
Premiados no I Concurso
O I Concurso de Boas Práticas de Controle Interno
foi lançado em agosto de 2024 pela Auditoria Geral da Empresa Brasileira de
Serviços Hospitalares (Ebserh) com objetivo de estimular, reconhecer e
disseminar as melhores práticas que atendam os critérios de eficiência,
transparência, integridade, gestão e governança. A premiação foi dividida em
três categorias: aprimoramento de processos finalísticos assistenciais,
aprimoramento de processos de suporte gerencial e administrativo e
aprimoramento de processos de Ensino e Pesquisa.
O Huab concorreu na categoria “aprimoramento de
processos finalísticos assistenciais”. O premiado em primeiro lugar na
categoria foi o Complexo do Hospital de Clínicas da UFPR; o segundo lugar ficou
com o Hospital Universitário da UFPI; o terceiro com Hospital Universitário
Júlio Bandeira Universidade Federal de Campina Grande e a quarta posição com o
Hospital Universitário de Santa Maria da UFSM. O resultado geral pode ser
conferido no Boletim
de Serviço n.1903, de 14 de outubro de 2024, página 14.
Sobre a Ebserh
O Huab-UFRN faz parte da Rede Ebserh desde 2013.
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e,
atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e
impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como
hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm
características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS)
ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento
de pesquisas e inovação.
Por Claudia Holanda, com revisão de
Danielle Campos. Coordenadoria de Comunicação Social
Blog do Wallace
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