A retirada das carnes da
cesta básica isenta de impostos, proposta por um dos textos que regulamenta a
reforma tributária, poderia resultar no encarecimento médio do alimento de até
9%.
Segundo resultados
preliminares de um estudo da consultoria empresarial GO Associados que o
Metrópoles teve acesso, a retirada do produto da cesta básica isenta poderia
deixar o preço médio das carnes mais caro entre 6% e 9,2%.
🐂 Carne de bovinos
e outros produtos de carne: com estimativa de aumento médio dos preços em 8,5%
ao consumidor final
🐖 Carne de suíno: apresentaria uma elevação média dos preços em 6%
🐔 Carne de aves: teria um acréscimo médio dos preços em 8,7%
🎣 Pescado: haveria um aumento médio dos preços em 9,2%
Outro tópico presente no
levantamento da consultoria empresarial trata do impacto na alíquota padrão do
Imposto Sobre Valor Agregado (IVA) dual, ou seja, com duas frentes de cobrança
— a Contribuição Sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços
(IBS).
De acordo com os dados
preliminares do estudo, o impacto da inclusão das carnes na cesta básica sem
tributos seria de 0,28 ponto percentual, metade do valor estimado pelo
Ministério da Fazenda.
Em nota técnica, o
ministério destacou que a entrada do alimento na cesta básica renderá um
impacto de 0,56 ponto percentual (p.p.), sendo a maior entre as principais
mudanças (confira tabela abaixo) introduzidas durante a tramitação do projeto
de lei complementar (PLP) 68/2024, que regulamenta a reforma tributária sobre o
consumo, na Câmara dos Deputados.
O ministério também
indicou que as alterações no texto feitas pelos deputados alteraram a alíquota
padrão, que passou de 26,5% para 27,97%. Segundo a análise da Fazenda, caso o
texto seja aprovado de forma definitiva como está, o imposto médio subirá 1,47
ponto percentual.
Metrópoles
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