Uma frentista foi agredida com um tapa no rosto por
um cliente. O caso aconteceu em um posto de combustíveis na avenida Conselheiro
Tristão, no bairro da Redinha, zona Norte de Natal. A agressão aconteceu no
último dia 25, mas só ganhou repercussão agora.
Uma câmera de monitoramento do posto flagrou a
agressão. Nas imagens, é possível ver que a frentista estava atendendo o
condutor da motocicleta. Ao se aproximar do homem, ela é agredida no rosto.
Angélica Galvão contou os detalhes que antecederam a violência.
"Chegou esse motorista de aplicativo com um
passageiro. De imediato, ele não foi atendido porque eu estava do outro lado da
bomba, dando uma informação para outro cliente. Então, logo depois, o próprio
cliente falou: 'Dá para alguém me atender?'. Eu virei e falei que sim. Ele
pediu R$ 10 de combustível. Eu coloquei e perguntei a forma de pagamento. Ele
falou que era Pix, bem alterado, estressado. Depois, eu abri o Pix. Antes mesmo
de gerar o cupom fiscal, porque o cliente só pode ser liberado depois que sai
esse cupom confirmando o pagamento, ele já estava querendo ir embora",
explicou Angélica Galvão.
"Ele já tinha colocado o capacete, retirou e
falou: 'Não se preocupe, querida, eu só vou sair depois que for confirmado'.
Isso bem ignorante. Está bem nítido que eu ia atender outro cliente. Mas quando
eu passei, esse cliente que me agrediu estava no meio da pista. Ele falou:
'Você tem o direito de ficar calada, caladinha'. Eu toquei no braço dele três
vezes e perguntei porque ele estava mandando eu calar a boca. Ele veio e me deu
o tapa no rosto", acrescentou.
Após a agressão, ela foi até a administração do
posto para pedir ajuda. "Eu fiquei sem reação. Sem saber o que fazer. Eu
segurei o capacete dele e tentei desligar a moto para pegar a chave. Ele bateu
na minha mão e a moto não desligou. Eu peguei o celular dele e fui até a
copa", detalhou.
Já o cliente foi encaminhado para a sala onde
estavam as câmeras de filmagem. Em seguida, ele foi liberado pelos próprios
funcionários, sem que a polícia tivesse chegado ao local.
A frentista não está mais no posto. No dia da
agressão, ela cumpria os últimos dias de aviso prévio. Já o condutor da
motocicleta ainda não foi identificado. A vítima diz que ser mulher e trabalhar
não tem sido fácil.
Em nota, o posto de combustíveis negou que tenha
liberado o condutor. "A empresa acompanhou a situação e o agressor foi
conduzido até uma sala para que as imagens pudessem ser apuradas. Entretanto,
na primeira oportunidade o agressor se evadiu do local", publicou.
A rede confirmou que a frentista estava cumprindo o
aviso prévio e destacou que prestou "todo o apoio que foi possível durante
o ocorrido, fornecendo as imagens às autoridades competentes e acompanhando até
então a funcionária até uma delegacia".
Fonte: Portal Grande Ponto
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