Imagine pagar mensalmente um plano de saúde para,
quando precisar, ser deixado na mão. Essa foi a denúncia que chegou ao
Ministério Público do Rio Grande do Norte e fez a instituição abrir um
inquérito civil para apurar o "abandono" praticado pela Hapvida a
quem ela deveria segurar.
Segundo o que o Portal 96 teve
acesso, o caso chegou ao promotor de Justiça Sérgio Luiz de Sena, da 29º
Promotoria de Justiça de Combate aos Crimes Contra a Ordem Tributária,
Econômica, Relações de Consumo e na Defesa do Consumidor.
O inquérito apura, basicamente, "possível
irregularidade praticada por parte da operadora HAPVIDA consistente na
suspensão unilateral dos atendimentos terapêuticos prestados com o método
Análise Aplicada do Comportamento (ABA) aos pacientes com Transtorno do
Espectro do Autismo (TEA), que ocorriam na Clínica Afeto e na Clínica
Restaure".
PROBLEMA NACIONAL
Vale destacar que, apesar do MPRN está investigando
a prática em Natal, a reclamação contra a Hapvida parece ser nacional. Em
novembro do ano passado, o MP do Ceará conseguiu na Justiça que o plano de
saúde ofereça atendimento integral a crianças com TEA, sob pena de multa diária
de R$ 1 mil.
Em Sergipe, o juiz Anderson Clei dos Santos
determinou que a Hapvida disponibilize tratamento especializado para uma
criança portadora do transtorno.
HAPVIDA NATAL
No ano passado, esse problema já havia motivado até
um protesto em frente a uma das sedes do plano de saúde. Por meio de nota, a
Hapvida afirmou que "está sempre disposta a ouvir as necessidades dos seus
clientes e acredita que todo o atendimento passa por um processo constante de
aperfeiçoamento. A companhia vem ajustando e ampliando o serviço de atendimento
aos pacientes com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA), e está
em permanente diálogo com as famílias dos pacientes. A operadora assegura que
as terapias necessárias continuarão sendo ofertadas aos pacientes no Rio Grande
do Norte."
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