Diário do Poder
Líderes do Senado se reuniram na manhã desta
quarta-feira (31) com o presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo
Pacheco (PSD-MG).
O propósito do encontro foi cobrar de Pacheco
posição em defesa do Legislativo, após operações policiais contra parlamentares
da oposição, nos últimos dias, que incluíram buscas em gabinetes nas
dependências do Congresso.
O pedido por uma articulação conjunta com a Câmara
para avançar com a votação do fim do foro privilegiado foi o principal
encaminhamento. Um documento foi entregue para formalizar o pleito e Pacheco
ficou de responder à liderança da oposição no Senado sobre a reivindicação.
Participaram do encontro: Rogerio Marinho (PL-RN),
Carlos Portinho (PL-RJ), Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Tereza Cristina (PP-MS),
Marcio Bittar (União-AC), Mecias de Jesus (Rep-RR), Izalci Lucas (PSDB-DF),
Hamilton Mourão (Rep-RS), Marcos do Val (Pode-ES) e Eduardo Girão (Novo-CE).
Após mais de uma hora de reunião, o deputado
Alexandre Ramagem (PL-RJ), um dos alvos de operação da Polícia Federal nos
últimos dias, se juntou ao encontro, cujo propósito é buscar uma “solução
efetiva, firme”, disse Eduardo Girão, antes do encontro. Ramagem, no entanto,
não participo da coletiva dada pelo grupo de Senadores após o encontro.
Os parlamentares querem articular agenda para o novo
ano legislativo, que começa no dia 2, que incluirá mudanças no ordenamento
jurídico para proteger o Legislativo. A principal delas é o fim do foro
privilegiado.
“O fim do foro privilegiado está na Câmara. Por
isso nós pedimos uma integração entre Câmara e Senado. O pedido que fizemos a
Pacheco foi que ele se sentasse com o presidente da Câmara para tocar a agenda
que nós apresentamos”, afirmou o líder da oposição Rogério Marinho
(PL-RN).
O senador Eduardo Girao (Novo-CE) foi claro sobre o
pleito da audiência: “Solicitamos o fim do foro privilegiado, uma blindagem,
um guarda chuva sobre os poderosos no Brasil e hoje, com um poder que esmaga os
demais, está sendo usado para monopolizar o poder de investigação e
perseguir quem pensa diferente nesse país”.
Tramitam no Senado e na Câmara dos Deputados
propostas que submeteriam à análise prévia das Mesas Diretoras das Casas
Legislativas as ações policiais contra parlamentares federais, além de projetos
que limitam o escopo de decisões monocráticas no Supremo Tribunal Federal
(STF), criam mandatos para ministros etc.
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