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O ano de 2024 deve registrar 1.960.460 casos de dengue no Brasil. Essa estimativa, entretanto, pode variar de 1.462.310 até 4.225.885 de casos. Os números foram divulgados nesta terça-feira 30, em Brasília, pelo Ministério da Saúde, durante encontro entre representantes da Sala Nacional de Arboviroses, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
Nas quatro primeiras semanas do ano, o país já
contabiliza um acumulado de 217.841 casos prováveis da doença. Há
ainda 15 mortes confirmadas e 149 em investigação.
A incidência é de 107,1 casos para cada grupo de 100
mil habitantes, enquanto a taxa de letalidade está em 0,9%. No balanço
anterior, que englobava as três primeiras semanas de 2024, o país registrava 12
mortes e 120.874 casos prováveis da doença. Havia ainda 85 óbitos em
investigação.
Vacina
A distribuição da vacina contra a dengue para os 521
municípios brasileiros selecionados pode começar na segunda semana de
fevereiro. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse nesta terça-feira 30 que
as doses ainda não começaram a ser entregues em razão de uma exigência da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa),
a ser cumprida pelo laboratório Takeda, responsável pela produção do
imunizante.
“A relação de prioridades da vacina já foi feita. A
ideia é distribuir dentro daquele mapa já apresentado. Ainda não iniciamos essa
distribuição porque há uma exigência e ela tem que ser cumprida pelo
laboratório produtor. É uma exigência regulatória da Anvisa que a bula esteja
em português. Estamos finalizando esse processo”, explicou. “A partir do
momento em que seja solucionada essa questão, essa é a nossa previsão. Não
haverá por que ter mais delongas”, esclareceu.
Vacinação
Serão vacinadas crianças e adolescentes de 10 a
14 anos, faixa etária que concentra um dos maiores números de hospitalizações
por dengue. Dados do Ministério da Saúde mostram que – de janeiro de 2019 a
novembro de 2023 – o grupo respondeu por 16,4 mil hospitalizações, atrás apenas
dos idosos, grupo para o qual a vacina não foi autorizada. O esquema vacinal
será composto por duas doses, com intervalo de três meses entre elas.
A definição de um público-alvo e de regiões
prioritárias para a imunização foi necessária em razão da capacidade limitada
de fornecimento de doses pelo laboratório fabricante da vacina. A primeira
remessa, com cerca de 757 mil doses, chegou ao Brasil no último dia 20. O lote
faz parte de um total de 1,32 milhão de doses fornecidas pela farmacêutica.
Outra remessa, com mais de 568 mil doses, está com entrega prevista para
fevereiro.
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