Com informações do SBT News
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência
e a Cultura (Unesco) recomendou, nesta quarta-feira (26), que as escolas
proíbam o uso de celulares em salas de aula para melhorar a aprendizagem. A
orientação faz parte do Relatório Global de Monitoramento da Educação, que
avaliou o impacto da tecnologia nos estudos.
Segundo a Unesco, quase dois em cada três
professores concordam que o uso excessivo de celulares em salas de aula distrai
os alunos, resultando na redução do desempenho educacional. O mesmo acontece
quando outros dispositivos, como computadores e tablets, são utilizados para
pesquisas na ausência de um professor qualificado.
“Precisamos aprender nossos erros do passado ao usar
a tecnologia na educação para que não os repitamos no futuro. Precisamos
ensinar as crianças a conviver com e sem tecnologia; tirar o que precisa da
abundância de informações, mas ignorar o que não é necessário; deixar que a
tecnologia apoie, mas nunca ofusque as interações humanas no ensino e na
aprendizagem”, avalia Manos Antoninis, diretor do relatório.
Desigualdade de aprendizagem
A Unesco ressalta ainda que a desigualdade no acesso
à tecnologia agrava a desigualdade no acesso à educação, um ponto que se tornou
evidente durante o fechamento das escolas durante a pandemia da covid-19. De
acordo com a entidade, a digitalização da educação apresenta o risco de
beneficiar estudantes já privilegiados e marginalizar ainda mais outros.
Além disso, a Unesco aponta que a tecnologia está se
desenvolvendo tão rápido que os educadores estão precisando correr contra o
tempo para fundamentar decisões sobre legislação, políticas e regulamentação. O
uso do serviço nas aulas também pede o treinamento apropriado de professores, o
que ainda é um desafio para muitos países.
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