Com informações de Metrópoles
Veruska Donato, que foi repórter da Globo SP durante
21 anos, entrou com uma ação na Justiça do Trabalho contra a sua antiga
emissora. Ela alega ter sofrido assédio moral para alcançar um padrão de beleza
imposto pela empresa, o que a fez desenvolver síndrome de Burnout. Caso seja
condenada, a TV deverá pagar R$ 13 milhões à jornalista.
De acordo com publicação do Notícias da TV, Veruska
também pede reconhecimento de vínculo empregatício, já que deu expediente como
PJ (Pessoa Jurídica) durante 17 anos, entre 2002 e 2019. A jornalista expõe que
a Globo só assinou sua carteira nos dois últimos anos. Com isso, os advogados
dela querem todos os direitos trabalhistas do período em que não era
registrada.
Além do assédio moral e dos problemas trabalhistas,
a defesa de Veruska Donato afirma que a repórter não pediu demissão da emissora
em 2021 e sim foi demitida pela Globo cinco dias após retornar de um
afastamento médico. Após contrair a síndrome de Burnout, ela realizou exame no
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e precisou ser afastada durante 77
dias. O afastamento durou até 28 de outubro de 2021. Cinco dias depois, a
jornalista foi desligada da TV.
Veruska e sua defesa apontam também que os chefes da
emissora fizeram fortes cobranças sobre o visual dela no ar.
Foram apresentados como prova dois e-mails enviados
por Cristina Piasentini, diretora de Jornalismo da Globo em São Paulo, entre
2008 e 2020, e Ana Escalada, então chefe de Redação e sucessora de Cristina no
cargo de direção. Cristina Piasentini teria cobrado que usassem roupas
comportadas e que não marcassem o quadril ou “barriguinhas persistentes”.
O processo corre na 37ª Vara do Trabalho de São
Paulo e a Justiça já marcou uma audiência: Veruska Donato e a Globo se
encontrarão no tribunal no dia 27 de março.
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