Metrópoles
Planejada para conter as mudanças climáticas e
combater o aumento da temperatura global, a 27ª Conferência das Nações Unidas
sobre Mudanças Climáticas (COP27) caminha para o seu encerramento, com as
negociações mais importantes ainda em jogo e a instauração de acordos nada
claros.
O encontro deveria terminar na última sexta-feira
(18/11), mas, devido ao atraso das discussões e à falta de um consenso, acabou
prorrogado até sábado (19/11). Na reta final da conferência, representantes de
governos sinalizaram positivamente ao acordo de criação de um fundo para
compensar países considerados vulneráveis por perdas relacionadas às mudanças
climáticas. No entanto, o texto final precisa ser votado e aprovado de forma
unânime pelos países participantes.
Divergências de última hora atrasaram ainda mais o
fechamento do acordo, considerado histórico para o enfrentamento à questão
climática. Ainda assim, especialistas temem que a conferência termine com
poucos resultados concretos.
“Se olharmos para o resultado final como temos hoje,
a COP no Egito avançou pouco como implementação. Não teve avanço no artigo 6, o
debate sobre financiamento está travado, e o de perdas e danos também”, explica
o pesquisador do ClimaInfo Bruno Toledo, que acompanhou a conferência em Sharm
El-Sheikh, no Egito.
Mesmo diante da grande expectativa quanto ao seu
potencial de implementação de medidas, a conferência é denominada agora de COP
da “repetição”.
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