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A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do
estouro, apresentada pela equipe de transição do novo governo para resolver a
falta de dinheiro especialmente para o Auxílio Brasil, deve ser votada no
Senado em 29 de novembro. É a previsão do relator-geral do Orçamento, senador
Marcelo Castro (MDB-PI).
De acordo com o parlamentar, o texto final, que está
sendo costurado pelos parlamentares, deve ficar longe do esperado pela equipe
do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele avalia que, em meio a
críticas do mercado financeiro e divergências políticas no Senado e na Câmara
quanto aos valores e à durabilidade da PEC, o Congresso Nacional pode enxugar a
proposta.
O novo valor negociado seria de R$ 130 bilhões. A
cifra é suficiente para completar a quantia necessária para a continuidade do
Bolsa Família de R$ 600, mais os R$ 150 destinados a crianças de até 6 anos das
famílias que recebem o benefício, além de recompor parte do Orçamento e abrir
espaço para investimentos.
“Embora eu tenha um histórico de boa relação com o
PT, em alguns momentos, quando estou defendendo uma causa que acho justa,
evidentemente eu não abandono essa causa porque alguém pensa de maneira
diferente, mesmo que esse alguém seja o presidente ou a presidenta da
República.” Ele faz referência a 2012, quando era deputado federal. Na época,
defendeu uma proposta de emenda à Constituição para redistribuir entre estados
e municípios os royalties do petróleo. Presidente da República na época, Dilma
Rousseff (PT) foi contra a proposta, que acabou não sendo votada.
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