O Antagonista
CDS de 5 anos chegou a subir mais de 8% no dia.
Dólar sobe mais de 1,2% e mantém real como a pior moeda emergente em novembro.
Ibovespa cai mais de 1,78%.
O CDS (Credit Default Swap) com vencimento em cinco
anos, um dos indicadores do risco-país, disparou na sessão de hoje, após falas
de Lula dizendo não se importar para a reação do mercado ao plano de gastos
sociais do próximo governo.
Esse instrumento financeiro é uma espécie de seguro
contra calote e é precificado em função da percepção de risco do mercado ao
emissor da dívida. Em outras palavras, quanto mais caro, maior o prêmio que os
investidores exige para se expor ao risco.
Ao meio-dia, o certificado subia 7,56% aos 279
pontos, após ter alcançado 8,74% no início da sessão. Os juros futuros internos
também estão pressionados em função do discurso defendendo mais gastos sem que
a equipe de transição tenha apresentado quaisquer soluções para a receita
necessária para cobrir a despesa.
O contratos de DI futuro com taxa mais curtas
avançavam cerca de 40 pontos e já precificam alta da Selic nos próximos meses.
Os papéis com vencimento em dois anos eram negociados com taxas de juros de 14,39%
a.a.
O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro,
recuava 1,72%, e o dólar subia 1,2%, cotado R$ 5,46.
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