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sexta-feira, 18 de novembro de 2022

Polícia Civil interdita abrigo de animais suspeito de maus-tratos na Grande Natal

 


Um abrigo de animais em Pium, no município de Nísia Floresta, na Grande Natal, foi interditado na tarde desta sexta-feira (18) por maus-tratos. Os animais foram recolhidos por cinco ONGs.

A interdição foi feita por policiais civis da Delegacia de Nísia Floresta. De acordo com o delegado José Medeiros, os animais estavam desnutridos, desidratados e com doenças.

A quantidade de animais resgatados não foi divulgada pela Polícia Civil. Na primeira visita para investigação do policiais, no dia 23 de outubro, eles encontraram mais de 120 gatos e de 100 cães.

"Naquele momento a gente não tinha como recolher os animais. Fizemos um pedido à comarca de Nísia Floresta e foi deferido esse pedido para a ONG. Nós tivemos contato com cinco ONGs que estão nos apoiando para recolher esses animais, cuidar do bem-estar deles, enquanto a investigação está em andamento. Tudo isso ainda está sendo apurado, mas nesse momento o principal é o bem-estar desses animais", explicou o delegado José Medeiros.

O delegado explicou que a investigação ainda vai apurar a responsabilidade da proprietária do abrigo, mas que atualmente o local não dava conta de cuidar do número de animais que recebia.

"Viemos aqui no dia 23 e foi constatado diversos animais em situação de desnutrição, desidratação, doença do carrapato, leishmaniose, e pulgas. A delegacia está apurando ainda a responsabilidade da proprietária, ela vai ser ouvida na próxima semana, mas até o momento, durante a busca, a gente conseguiu fazer um levantamento junto ao Itep e o Centro de Zoonoses para averiguar tecnicamente toda essa situação", reforçou.

Algumas pessoas que chegarm a encontrar animais em situação de rua e doaram ao abrigo contaram aos policiais que visitaram os animais tempos depois e viram uma piora no estado de saúde.

"Esses animais vinham definhando. Há vários relatos de particulares que traziam os animais para cá para serem cuidados, eles definhavam, e eles pediam de volta e ela não dava de volta e eles acabavam eutanasiados", contou o delegado José Medeiros.

"Ela [a proprietária] não tem capacidade de cuidar desses animais. Nessa quantidade o abrigo não estava dando conta. Por isso estão sendo retirados", disse.

Segundo o delegado, a proprietária do local também está proibida de receber qualquer animal.

 

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