Metrópoles
Lula, o homem que
saiu da cadeia para salvar o planeta do aquecimento global, segundo o New
York Times, pode antes disso afundar o Brasil. Talvez não faça
tanta diferença assim para a Terra, desde que deixemos a Amazônia para os
noruegueses cuidarem ela.
Hoje, o dólar bateu em 5,53 reais e vamos ver como
se comportará a Bolsa de Valores, que ontem caiu 2,5%. O “mercado bolsonarista”
— como jornalistas pitorescos andam adjetivando — está apavorado com a PEC da
Transição, que prevê um Bolsa Família por tempo indeterminado e espetará, em
2023, uma conta de 175 bilhões de reais a mais nos gastos do governo. Para
completar o pavor, Fernando Haddad está cotado para ser ministro da Economia.
Mas não há com o que se preocupar: antes de fuzilar os fundamentos econômicos
mais básicos, Fernando Haddad dirá que leu livros, assim como o camarada
Stalin, e tudo bem.
Lá do Egito, para onde voou a bordo do jatinho de um
empresário amigo, que chegou a ser preso também na Lava Jato, aquela invenção
golpista, Lula disse: “Vai cair a Bolsa, vai aumentar o dólar?
Paciência”. Para ele, as forte oscilações ocorrem não “por causa
das pessoas sérias, mas por conta dos especuladores que ficam especulando todo
santo dia”.
Entendido. Ninguém precisa se preocupar, porque o
“mercado bolsonarista” vai acabar precificando as lambanças, como sempre.
Precificar é um verbo que tem efeito curioso sobre os brasileiros. Achamos que,
com os desmandos governamentais devidamente precificados, voltamos à
normalidade, sem atentarmos para o fato de que o piso das sucessivas
precificações é sempre alto para a sociedade, na forma de menos investimentos
na economia e mais inflação. A nossa normalidade, portanto, significa penalizar
os mais pobres. A nossa normalidade, portanto, é uma doença crônica.
Era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não
tinha nada, nem mesmo o Lula daquela Carta aos Brasileiros. Precifique aí.
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