R7
Recessão global, inflação
e juros altos são somente alguns dos entraves que prometem assolar a economia
mundial em 2023. Na contramão do movimento, a equipe do presidente eleito Luiz
Inácio Lula da Silva ignora os sinais adversos e defende um rombo nas contas
públicas, cenário que tende a atrapalhar a vida dos mais pobres.
O temor apresentado nos
últimos dias por economistas e analistas financeiros envolve a PEC (Proposta de
Emenda à Constituição) apresentada pela equipe de transição, que prevê um gasto
de R$ 175 bilhões fora do Orçamento, fruto de uma despesa permanente para o
pagamento de benefícios sociais fora do teto de gastos.
Carlos Eduardo de Freitas,
ex-diretor do BC (Banco Central) e consultor econômico independente, explica
que o principal problema atrelado ao aumento dos gastos envolve a possibilidade
de estagnação do PIB (Produto Interno Bruto), o que ele classifica como a
“origem da miséria” e classifica os auxílios financeiros como “apenas um
remédio” para atenuar a pobreza.
“As soluções para os
problemas de fome residem no crescimento econômico. […] Os investimentos e a
criação de oportunidades de emprego são a cura da doença, o que exige um
equilíbrio fiscal”, afirma Freitas ao citar que está “surpreso com a largada”
para o terceiro mandato de Lula.
Crítica de apoiadores
Diante do cenário
assustador, os economistas Arminio Fraga, Edmar Bacha e Pedro Malan, que
apoiaram a candidatura de Lula, se manifestaram contra as recentes sinalizações
da equipe de transição.
No alerta, os Pais do
Plano Real rebatem críticas do petista ao teto de gastos e ao mercado
financeiro. Para eles, a falta de responsabilidade com as contas públicas
afeta, principalmente, os mais pobres.
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