O presidente da Colômbia, Gustavo Petro,
discursou nesta terça-feira, 20, na Assembleia Geral da Organização das
Nações Unidas (ONU) e denunciou o fracasso da guerra antidrogas e seu
rastro sangrento na América. “O consumo mortal tem aumentado, de drogas leves
até as pesadas, ocorreu um genocídio em meu continente e em meu país, milhões
de pessoas foram condenadas à prisão”, destacou o primeiro presidente de
esquerda da Colômbia, principal país produtor mundial de cocaína.
Em um discurso direcionado aos países consumidores,
Petro pediu para “acabar com a irracional guerra contra as drogas”. “Se não
corrigirmos o rumo e esta guerra se prolongar outros 40 anos, os Estado Unidos
verão 2.800.000 jovens morrerem de overdose” e “mais um milhão de
latino-americanos serão mortos”, disse o líder.
O presidente enfatizou que a estratégia que vem
sendo usada há quatro décadas para acabar com o negócio lucrativo deixa apenas
centenas de milhares de mortos na América do Norte e presídios superlotados no
restante do continente.
Desde sua posse no dia 7 de agosto, Petro insiste em
focar na prevenção do consumo no lugar do que ele chama de perseguição aos
cultivadores de folha de coca, a base da cocaína.
A Assembleia Geral da ONU está sendo realizado em um
momento em que o mundo enfrenta: guerra na Ucrânia, catástrofes climáticas,
insegurança alimentar.
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