Com mais um
aumento no preço médio de venda do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) em 5,1%
anunciado pela Petrobras, o preço do botijão de gás vai subir no Rio
Grande do Norte e pode chegar a até R$ 91 a partir desta terça-feira (9),
segundo o Sindicato dos Revendedores Autorizados de Gás Liquefeito de Petróleo
(Singás-RN).
"Infelizmente nós fomos novamente surpreendidos
por mais um aumento da Petrobras. Esse é o 12º aumento consecutivo, o segundo
desse ano", explicou o presidente do Singás-RN, Francisco Correia.
Em janeiro, o
preço médio do botijão já havia se aproximado dos R$ 90 no estado
após outro reajuste da Petrobras.
"São 12 aumentos sem justificativa nenhuma. Não
houve aumento de derivado, não houve aumento de petróleo, não houve aumento de
nada. O único aumento que houve foi a margem de lucro da Petrobras", falou
Francisco Correia.
"Infelizmente, nós vamos ter que repassar esse
aumento a partir de hoje a todo Rio Grande do Norte. Esse aumento vai variar,
dependendo do município, de R$ 5 a R$ 6 de aumento".
Segundo o presidente da Singás, a recomendação é de
que os botijões que ainda estão em estoque nas revendedoras sejam negociados
ainda pelo preço antigo e que o novo valor só seja repassado à população após
isso.
Questionado sobre a participação dos impostos
estaduais no preço do botijão de gás e dos combustíveis, o secretário de
tributação, Carlos Eduardo Xavier, explicou que os tributos cobrados pelo
Estado são relevantes, mas que a alta nos preços neste momento não tem qualquer
relação com isso.
"Nós não negamos a participação dos tributos
estaduais, principalmente o ICMS, na composição de preço dos combustíveis. Mas
a gente tem batido na tecla ultimamente de que não há alguma alteração nos
últimos meses, com esses aumentos sequentes, que justifiquem esse aumento nos
preços. Isso é fruto da política de preço da Petrobras. Essa variação ocorre
por isso", falou.
"Os tributos, a gente não nega. São alíquotas
altas, representativas. Mas não houve, nesse momento, nenhuma alteração que
justifique esses aumentos de preço. Então a gente mantém a nossa posição que
diz claramente que esses aumentos sucessivos não são ocasionados pelos nossos
tributos e sim pela questão da política de preço da Petrobras".
Segundo a Petrobras, os preços de GLP praticados por
ela tem como referência o valor de paridade de importação, formado pelo valor
do produto no mercado internacional, mais os custos que importadores teriam,
como frete de navios, taxas portuárias e demais custos internos de transporte
para cada ponto de fornecimento, também sendo influenciado pela taxa de câmbio.
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