Somente entre janeiro e o dia 22 de fevereiro de 2021,
pelo menos 13 municípios do Rio Grande do Norte registraram mais pessoas
confirmadas com Covid-19 do que em todo o ano de 2020 - especialmente a partir
de março, quando declarada pandemia. Os dados são dos boletins epidemiológicos
divulgados diariamente pela Secretaria de Saúde do Estado.
O caso que mais chama a atenção é o de Carnaúba dos
Dantas, na região Seridó, que viu o número de casos mais que triplicar. Até
dezembro, o município tinha 117 notificações. Menos de dois meses depois, já
são 375 casos confirmados - um aumento de 221%.
Da mesma forma, Tenente Laurentino Cruz, na região Central,
passou de 89 casos ao longo de 2020 para 231 até a última segunda-feira (22).
Jardim do Seridó saltou de 370 casos para 895, no mesmo período.
Do total de 167 municípios potiguares, 45 tiveram
aumento de pelo menos 50% de casos em janeiro e fevereiro, na comparação com
todo o ano de 2020. Entre eles, destacam-se cidades populosas como Santa Cruz
(57%), Currais Novos (55%), Tibau do Sul (66%), Patu (55%) e Extremoz, na
região metropolitana da capital (50%).
Apenas o município de Barcelona não registrou nenhum
caso ao longo de 2021, e mantém as mesmas 41 notificações que tinha em 31 de
dezembro.
Capital do estado, Natal teve aumento de 31% dos casos
em relação ao total registrado em dezembro. A cidade passou de 34.453 para
45.125. Parnamirim, na região metropolitana, teve crescimento de 45% dos casos,
saltando de 10.606 para 15.395. A região vive uma ocupação de praticamente
todos os leitos críticos para Covid.
No Oeste, a segunda maior cidade do estado, Mossoró, teve crescimento de 27% nos casos, passando de 10.849 para 13.823 no período.
O aumento de casos refletiu na ocupação de leitos
críticos que está crítica na região metropolitana de Natal. Nesta quarta-feira
(24), o secretário de Saúde Cipriano Maia, afirmou
que o estado vai abrir mais leitos, mas a população precisa atender aos
protocolos para evitar contaminação.
"Estamos criando cerca de 60 leitos, mas todo o
sistema de saúde tem seus limites, não podemos criar leitos do dia para a
noite. É necessário pessoal, insumos, esforços, e tudo isso tem limite. Não é a
expansão de leitos que resolve o problema, porque muitas pessoas podem ter um
leito e ainda assim não salvar a vida. O que salva vida é evitar contaminação e
a infecção. E isso se faz com as medidas restritivas e o isolamento social que
temos recomendado", declarou.
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