54 crianças e adolescentes aguardam por uma nova
família no Rio Grande do Norte. Outras 18 estão em processo de adoção. As
informações constam do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), do
Conselho Nacional de Justiça e foram divulgadas pelo Tribunal de Justiça do Rio
Grande do Norte.
Desde 2019, quando o novo sistema foi lançado pelo
CNJ, foram registradas 45 adoções no RN, sendo 27 no ano passado e 18 em 2020.
Os números do SNA mostram, ainda, o perfil que as
famílias que querem adotar esperam: crianças de até cinco anos de idade. Após
essa idade, a adoção já se torna bastante difícil, aponta o juiz José Dantas de
Paiva, responsável pela Coordenadoria da Infância e Juventude do TJRN e titular
da 1ª Vara da Infância e Juventude de Natal. Este é o motivo pelo qual a fila
da adoção nunca termina, ressalta o juiz, porque as crianças e adolescentes que
estão aptas para adoção estão fora do perfil desejado pelos pretendentes
cadastrados.
“Ouço reclamações de pessoas que estão cadastradas há
um ano e não conseguem adotar. Mas isso é porque as crianças aptas não estão no
perfil desejado”, afirma o juiz. O coordenador da Infância e Juventude lembra
que a redução da quantidade de crianças e adolescentes em abrigos é uma busca
constante da Justiça.
O SNA mostra ainda que da atual fila de crianças e
adolescentes aptos para adoção, 37 já estão vinculados a algum pretendente,
enquanto 17 permanecem aguardando por uma possibilidade. O sistema integra os
dados de todos os órgãos e tribunais e realiza buscas automáticas de famílias
para as crianças e adolescentes em qualquer região do país. Mesmo assim, nem
todas conseguem uma vinculação, etapa inicial para a adoção.

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