Um idoso de 98 anos de Natal espera há quase dois
meses por uma internação em uma unidade hospitalar. Antônio Cabral da Costa tem
um problema vascular grave que requer muitos cuidados. O idoso já teve uma das
pernas amputadas em decorrência das complicações da doença e pode perder a
outra com a gravidade da situação. As feridas, algumas em estado grave, estão
espalhadas por todo o seu corpo.
A filha e a neta de Seu Antônio, que moram no bairro
Pajuçara, na Zona Norte da capital, se revezam nos cuidados. “É muito difícil o
dia a dia, eu tenho problema de saúde também e ele é pesado, geme muito de dor.
Eu não durmo direito e passo a noite cuidando dele”, conta a filha Zilma
Rodrigues.
A família se mantém com a aposentadoria do idoso e o
auxílio emergencial do Governo Federal. Os custos com os remédios e os
curativos correspondem à metade dos gastos da casa. Seu Antônio ainda recebe,
em dias alternados, a visita da equipe do Serviço de Atendimento Domiciliar
(SAD), que auxilia na troca dos curativos.
Mesmo com os cuidados atuais, a família acredita que
apenas o internamento pode oferecer mais conforto e dignidade ao idoso. ““Ele
tem o direito de ser atendido. Eu vou correr atrás disso. Não vou deixar meu
avô abandonado”, fala a neta Meire Silva.
A Secretária de Estado da Saúde Pública (Sesap) foi
procurada e por meio de nota disse que "o paciente está sob cuidados do
Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) e tem recebido assistência regularmente,
com visitas da equipe, curativos, orientações e tudo o que inclui a atenção
domiciliar".
Segundo a pasta, "a consulta está agendada pela
Central Metropolitana de Regulação para o dia 9 de outubro, às 13h, e o SAD já
agendou o carro social para transportar o paciente. A consulta tem como
objetivo a avaliação do paciente para a cirurgia”.

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