O déficit habitacional em Natal e a falta de
segurança em municípios do interior do Estado, pautaram o horário destinado aos
líderes na sessão ordinária desta quinta-feira (08), da Assembleia Legislativa
do Rio Grande do Norte.
O deputado Hermano Morais (PSB), iniciou seu
discurso demonstrando preocupação com o aumento considerável da miséria na
capital do Estado. “Tenho andado muito por Natal e me chama a atenção o
aprofundamento da miséria que estamos assistindo aumentar. Impressionante os
índices que apontam o atraso que se encontra Natal”, disse.
Segundo Hermano, o problema se comprova com o
aumento da população de rua. “A cada dia aumenta o número de moradores em
situação de rua, pessoas que estão à deriva, pernoitando nas calçadas e durante
o dia mendigando pelos sinais. Totalmente desalentadas. São famílias inteiras,
pais, mães, filhos, idosos”, lamentou.
O parlamentar destacou ainda a problemática do
déficit habitacional. “Nos últimos 10 anos mais de 93 mil pessoas se inscreveram
para conseguir a sua casa própria. Dessas, apenas 3 mil conseguiram. Daí o
aumento da miséria e de pessoas em situação de rua. Entre aqueles que possuem
suas casas, mais de 60% dos imóveis de Natal estão em situação irregular”,
disse.
Quem também fez uso da palavra foi o deputado Ubaldo
Fernandes (PL), que cobrou da Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa
Social (Sesed) e do Tribunal Regional Eleitoral, (TRE) a elaboração de um plano
de contingenciamento de segurança pública para as eleições em curso.
“Quanto mais se aproxima o pleito mais fica o
acirramento em várias cidades do Estado. É preciso que a autoridades
responsáveis tenham em mente essa problemática”, sugeriu.
A preocupação de Ubaldo está baseada no déficit de
pessoal nas polícias Militar e Civil, principalmente dos municípios menores do
Estado. “É preciso ter cautela e precaução nas cidades onde os ânimos estão
mais acirrados, mas tem municípios do RN que só tem dois policiais. Que nesses
municípios a polícia seja provida de um reforço. Que haja envolvimento do
exército e polícia federal”, argumentou.
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