Motoristas de aplicativos de transporte de passageiros
fizeram uma carreta, na manhã desta quarta-feira (30), em Natal, para protestar
contra as taxas cobradas pelos aplicativos, além de exigir ações de segurança e
assistência por parte das empresas. Eles também pediam a regulamentação da lei
sobre o serviço na capital.
De acordo com a associação que representa os
profissionais, há pelo menos seis aplicativos de transporte de passageiros
operando atualmente na capital potiguar. A estimativa é que haja 10 mil
motoristas no Rio Grande do Norte, a maioria na capita
A concentração dos motoristas começou por volta das 9h
na Praça Cívica, no bairro Petrópolis, na Zona Leste. Os carros acabaram
ocupando parte das vias da região. Um carro de som foi usado pelos
manifestantes. Também houve distribuição de cestas básicas e vale-combustível.
Após às 10h, os manifestantes saíram em carreata para
a Prefeitura de Natal. O ato impactou o trânsito na Zona Leste e no centro da
cidade. Os manifestantes informaram que ainda seguiriam para frente da Câmara
Municipal, para pressionar pela regulamentação da lei aprovada em 2019, na
capital, sobre o serviço. Na programação, os motoristas disseram que seguiriam
para frente dos escritórios das empresas na capital.
Segundo Carlos Cavalcante, diretor do sindicato de
trabalhadores em transporte por aplicativo, os motoristas exigem mais segurança
e o reconhecimento de vínculo de trabalho com as empresas, ainda que não sejam
funcionários contratados com carteira assinada.
"Segurança não é só policiamento nas ruas. São
vários quesitos. O aplicativo, quando cobra do motorista identidade,
habilitação, comprovante de residência, está fazendo um mecanismo de segurança.
Já para o passageiro, muitas vezes ele não cobra. Então ele não dá ao motorista
a segurança de ter um passageiro totalmente identificado", afirmou.
Carlos ainda afirmou que os Tribunais Regionais do Trabalho
de estados como Minas Gerais e São Paulo reconheceram o vínculo empregatício
entre empresas e motoristas. De acordo com ele, a categoria também quer o
reconhecimento no RN.
"Temos o contrato, temos que ser tratados de
forma justa para que a parceria continue acontecendo. O que não pode acontecer
é a unilateralidade dos aplicativos que a qualquer momento excluem o motorista,
que fica a ver navios", afirmou.
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