Uma nota divulgada pelo Sindicato Nacional dos
Servidores do Banco Central adicionou um novo elemento à crise envolvendo a
liquidação do Banco Master. O comunicado veio à tona no mesmo dia em que
surgiram revelações sobre uma suposta pressão do ministro do STF Alexandre de
Moraes sobre o presidente do BC, Gabriel Galípolo, para favorecer o banco
controlado por Daniel Vorcaro — acusações que ambos negam.
Embora não cite nomes diretamente, o sindicato foi
claro ao defender a estabilidade funcional e a autonomia técnica dos servidores
como instrumentos essenciais para resistir a “ingerências e pressões externas”.
Para a entidade, essas garantias não são corporativas, mas pilares
institucionais que asseguram decisões fundamentadas no interesse público,
especialmente em processos sensíveis como o da liquidação bancária.
O texto chama atenção também para a nota oficial do
Banco Central, divulgada em conjunto com a de Moraes, que confirmou reuniões
entre as partes sem detalhar datas, locais ou participantes. Para o sindicato,
a falta de transparência amplia suspeitas e acaba colocando toda a instituição
sob questionamento, num momento de forte desgaste público.
A entidade afirma que o episódio reforça a
importância do Regime Jurídico Único justamente para que técnicos possam agir
sem temor de retaliações. Ao mesmo tempo, sugere que, se houve pressão
indevida, é necessário que ela seja explicitada, em nome da credibilidade
institucional.
Enquanto no STF as apurações se concentram nas
fraudes atribuídas a Vorcaro e, no TCU, nos critérios adotados pelo BC para
liquidar o Master, a manifestação do sindicato expõe um ponto sensível: a
necessidade de deixar claro se decisões técnicas foram tomadas apesar — ou sob
risco — de pressões políticas.
Com informações do Metrópoles

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