Após mais de duas décadas no poder, o chavismo
liderado por Nicolás Maduro enfrenta um dos cenários mais críticos desde sua
consolidação na Venezuela. Sob a condução de Donald Trump, os Estados Unidos
intensificaram a pressão política e militar sobre o país, com movimentações no
Caribe e sinais claros de que não descartam uma ofensiva para retirar Maduro do
comando e pôr fim ao regime, classificado como ditatorial por Washington.
Nos últimos meses, o governo norte-americano
anunciou recompensas de até US$ 50 milhões por informações que levem à prisão
de Maduro, apontado pela gestão Trump como chefe do Cartel de Los Soles.
Paralelamente, houve mobilização naval com navios de guerra, caças, um
submarino nuclear e o porta-aviões USS Gerald R. Ford, ampliando o cerco
militar sob o discurso de combate ao narcotráfico. Especialistas avaliam que
essa pressão pode culminar na queda do regime ainda em 2025.
Para o cientista político Maurício Santoro, uma
intervenção dos EUA é “altamente provável”, com diferentes desfechos possíveis:
morte de Maduro, deposição por militares ou fuga do país. Ainda assim, ele
alerta que a estrutura do chavismo — entranhada nas Forças Armadas, no
Judiciário e em outras instituições — não seria desmontada rapidamente. “Mesmo
com a saída de Maduro, o legado autoritário levará anos para ser superado”,
afirma.
A eventual intervenção teria impactos diretos na
América do Sul, especialmente no Brasil, que já recebeu quase 148 mil
venezuelanos apenas neste ano, segundo o OBMigra. O presidente Lula alertou que
uma ação militar pode provocar instabilidade regional e ampliar a crise
migratória. Já o professor Antônio Jorge Ramalho, da UnB, avalia que, apesar
das fragilidades, a Venezuela conta com apoio de Rússia e China e que, em caso
de conflito, o Brasil poderia assumir um papel diplomático de mediação para
conter o avanço do caos regional.
Com informações do Metrópoles

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